terça-feira, 29 de julho de 2014

Metro de Lisboa - acidente na estação Aeroporto (29/07/2014)




Descarrilamento de composição do Metro de Lisboa fere maquinista

Comboio, que já não transportava passageiros, "não conseguiu parar a tempo e embateu na parede". 29-07-2014 15:10

O descarrilamento de uma composição do Metro de Lisboa que estava a fazer inversão de marcha na estação do aeroporto, num dos extremos da Linha Vermelha, provocou esta terça-feira ferimentos no maquinista.
O comboio, que já não transportava passageiros, "não conseguiu parar a tempo e embateu na parede", disse fonte policial à Lusa.
De acordo com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), o alerta foi dado às 12h38 e o acidente provocou um ferido ligeiro, um homem de 42 anos, "com suspeita de fractura num punho e diversas escoriações". O homem foi levado para o Hospital de São José.
No local estiveram uma ambulância e uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER) do INEM, bem como, segundo fonte dos Sapadores Bombeiros de Lisboa, três viaturas deste regimento com 10 operacionais.
O alerta foi recebido pelos Sapadores às 12h47. A Linha Vermelha foi encerrada entre as estações de Moscavide e aeroporto, na sequência do descarrilamento. Reabriu pelas 16h00.
Contactado pela Renascença sobre o acidente desta terça-feira na estação do aeroporto, a Metro de Lisboa remeteu esclarecimentos para uma nota a divulgar em breve.

Nos últimos meses, o Metro de Lisboa tem vindo a ser alvo de notícias sobre alegados problemas de segurança.

Em Fevereiro, a Renascença revelou o caso de um descarrilamento numa zona reservada da estação do Campo Grande, motivado por uma falha de travões.

Depois disso, foram noticiadas falhas no sistema de combate a incêndios, situações que a empresa considerou falaciosas e injustificadamente alarmantes. Em Junho, a Renascença noticiou que a empresa Metro de Lisboa fiscaliza-se a si própria.
fonte: RR




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Maquinista do metro de Lisboa cuspido em acidente na linha vermelha

Por Carlos Diogo Santos
publicado em 29 Jul 2014 - 14:41

As causas do acidente são ainda desconhecidas
Um comboio do metro de Lisboa não conseguiu parar esta manhã antes de embater contra a parede do cais de manobra na estação terminal do Aeroporto de Lisboa. O acidente aconteceu logo após os passageiros terem saído da estação.

O i sabe que o maquinista foi cuspido e ficou com ferimentos graves, tendo sido já transportado pelo INEM para o Hospital de São José.

O acidente destruiu grande parte da carruagem e as autoridades presentes no local confirmaram que dificilmente a máquina poderá voltar a circular. O i sabe ainda que o maquinista já trabalha na empresa há vários anos, sendo considerado um profissional experiente. As causas do acidente não são ainda conhecidas.

O embate obrigou à interrupção da circulação na linha vermelha, sobretudo entre Moscavide e Aeroporto.

O i tentou entrar em contacto com o gabinete de comunicação do Metropolitano de Lisboa, que emitiu, entretanto, um comunicado a esclarecer o que aconteceu. Segundo a empresa,  registou-se "um incidente com um comboio, hoje às 12h33, na execução de uma manobra no término  da Estação do Aeroporto, na Linha Vermelha. O comboio encontrava-se em zona de manobra pelo que não levava passageiros".

Investigação i

O i noticiou em Maio deste ano que o metro de Lisboa estava há dois anos sem travões de emergência em todos os seus comboios. Em causa estava uma falha nos freios electromagnéticos que foi detectada em 2012 e que obrigou a que a empresa desactivasse este sistema de travagem.

Na altura, o i revelou que esse foi aliás um dos motivos que levou à redução global da velocidade nos túneis de 60 para 45 km/h. Fontes ligadas ao sector ferroviário garantiram que, nessas condições, se à saída do túnel, o maquinista tiver necessidade de imobilizar o comboio não conseguiria fazê-lo sem que três carruagens entrem na estação.

Entretanto o Metro de Lisboa garantiu ao i que já activou os travões electromagnéticos em alguns comboios, desconhecendo-se, por enquanto, se esta máquina já havia sido intervencionada ou não.

fonte: i

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O comunicado do ML:
"O Metropolitano de Lisboa (ML) confirma a ocorrência de um incidente com um comboio, hoje às 12:33h, na execução de uma manobra no término  da Estação do Aeroporto, na Linha Vermelha. O comboio encontrava-se em zona de manobra pelo que não levava passageiros.

Deste acidente resultou o ferimento do maquinista da composição.

Trata-se de uma situação que não poderia ocorrer em exploração, uma vez que os sistemas e normas de segurança em exploração não o permitiriam e o sistema de travagem atuaria de imediato. Mais se informa que o comboio em questão já tinha ativo o sistema de freios eletromagnéticos.

Neste momento, a nossa maior preocupação recai em prestar todo o apoio que se vier a afigurar necessário ao maquinista ferido e à sua família, sendo que o  ML já abriu um inquérito para apurar as causas deste acidente.

Prevê-se que a circulação seja reposta na totalidade da linha Vermelha por volta das 16:15h.

Lisboa, 29 de julho de 2014". 
 
 

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Linha de Cascais - Ensaios de material circulante

A CP e a REFER realizaram, na estação de Santos (Linha de Cascais) alguns ensaios com uma UQE da série 3500, idêntica às unidades que a Fertagus utiliza entre Setúbal e Lisboa. Estes ensaios, entre outras coisas, destinaram-se a verificar distâncias entre a unidade e o cais. As imagens que se seguem, oriundas das redes sociais, ilustram o momento raro da passagem de uma UTE 3500 pela Linha de Cascais.

fonte: facebook

fonte: facebook

Alguns comentaristas já vaticinam a vinda do mais diverso material circulante para a Linha de Cascais ... como não possuo informação privilegiada, limito-me a aplaudir estes ensaios, mantendo a esperança de que, em breve, a Linha de Cascais deixe de ser uma ilha, isto é, que a tensão de serviço seja convertida para 25kV, de forma a que ali possam ser utilizadas as unidades das linhas de Sintra (séries 2300, 2400 e 3500) ou dos suburbanos do Porto (série 3400).



 

domingo, 13 de julho de 2014

CGTP alugou comboio Porto-Lisboa para mil manifestantes

É caso para dizer "até que enfim, deixaram de dar dinheiro aos transportadores privados (leia-se grupos Barraqueiro, Arriva, etc etc) para contribuir para os lucros da CP!"

"Cerca de mil pessoas saíram do Porto de comboio na quinta-feira para protestar contra as políticas do Governo liderado por Passos Coelho. A CGTP fretou um comboio “especial” à CP para levar os manifestantes do norte às ruas da capital, mas recusou prestar mais esclarecimentos sobre o preço e o decorrer da viagem ao Observador.

Uma viagem num comboio intercidades que parte da estação de Porto – Campanhã com destino a Lisboa – Santa Apolónia, custa 24,30 euros, em segunda classe. Em primeira, custa 35,90 euros. Se multiplicarmos este valor por mil, totaliza 24.300 euros e 35.900 euros.

A manifestação promovida pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) decorreu na quinta-feira, 10 de julho, em Lisboa. Os números avançados pela central sindical apontam para uma adesão de 40 mil pessoas, num balanço que Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP considerou “extremamente importante e positivo”, refere a agência Lusa.

A ação de protesto juntou milhares de trabalhadores descontentes com as alterações ao Código de Trabalho, que foram aprovadas na quinta-feira no Parlamento. No final da manifestação, Arménio Carlos referiu, junto à Assembleia da República, que é preciso que se lute, nos locais de trabalho, para “pôr um travão nas intenções de Passos Coelho e Portas.

“Uma luta que é não só dos trabalhadores do setor privado, público e das empresas do setor empresarial do Estado, mas também de todos os homens e mulheres que defendem um futuro de desenvolvimento e de harmonização social”, referiu, no final da manifestação.

Em causa, estão as propostas de lei que foram aprovadas na quinta-feira pela maioria PSD/CDS-PP na Assembleia da República. No dia 25 de julho, há nova manifestação para protestar contra os cortes salariais na função pública.

No final da ação de protesto de quinta-feira, Arménio Carlos referiu que os portugueses “sentem cada vez mais vazios e nos meses cada vez mais longos o efeito da sua política, traduzida também em menos e mais caros serviços públicos”.

O prolongamento do período para a redução do pagamento do trabalho extraordinário ou a redução dos prazos de caducidade e de sobrevigência das convenções coletivas de trabalho são algumas das medidas incluidas nas propostas de lei, que estiveram no centro dos protestos.

Carlos Arménio afirmou que a contratação coletiva “é um instrumento de harmonização” e que está convicto de que “ os trabalhadores nos locais de trabalho não vão baixar os braços em defesa dos seus direitos”, avançou a Lusa.
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in http://observador.pt/2014/07/11/cgtp-alugou-comboio-porto-lisboa-para-mil-manifestantes/

domingo, 6 de julho de 2014

Ramal do Montijo - um pouco de história

O Ramal do Montijo, que originalmente se chamava por “Aldeagalega” (pronúncia alentejana) ou “Ramal de Aldeia Galega”, foi um troço ferroviário, em bitola ibérica, que ligava o Pinhal Novo ao Montijo; tendo sido inaugurado no ano de 1908 e encerrado em 1989.

A via, partindo de Pinhal Novo, tomava a direção noroeste, contornando o limite urbanizado e, depois de descrever uma acentuada curva para norte e nordeste, seguia paralelamente à Rua Primeiro de Maio (nome atual) e à Estrada Nacional 252 (EN252), fletindo para noroeste já para lá da Jardia. Entrava na atual Montijo seguindo em paralelo a Rua Vasco da Gama, virando depois para oeste até atingir a estação ferroviária.

O ramal foi utilizado por composições de mercadorias para transporte de gado – essencialmente suíno – até à Estação do Montijo. A partir de 30 de Maio de 1933, a então “Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses” passou a transportar os passageiros por autocarros, ficando assim apenas duas composições diárias de mercadorias.

Os primeiros planos para a construção do Caminho de Ferro do Sul – que faria a ligação entre a margem sul do Tejo e o Alentejo – previam que o terminal ferroviário, com ligação fluvial a Lisboa, seria instalado na localidade de Aldeia Galega do Ribatejo (a cidade do Montijo dos nossos dias); porém, e dadas as dificuldades técnicas criadas na construção do cais fluvial, o início da ligação ferroviária ao Alentejo foi mudado para a cidade do Barreiro, cujas condições seriam mais favoráveis.

Este ramal ferroviário foi construído num regime especial, sem recorrer ao Fundo Especial de Caminhos de Ferro (FECF), órgão governamental que tinha como finalidade o financiamento de obras ferroviárias. Em vez disto, foi a própria autarquia (Câmara Municipal de Aldeia Galega) que solicitou um empréstimo para o projeto, sendo autorizada a tal por decreto de 07 de Junho de 1907. O montante em causa foi de 83.000$000 (moeda oficial da altura), com juro de 7,5%, destinado unicamente à construção, tendo a edilidade acordado em pagar a diferença entre o rendimento bruto anual do ramal – incluindo impostos – e o valor dos juros e respetivas amortizações.

A inauguração oficial deste segmento ferroviária aconteceu a 04 de Outubro de 1908, obtendo logo de início muito movimento, pelo que a autarquia pôde pagar na totalidade o empréstimo que foi distratado por um decreto de 01 de Maio de 1911 (ai…como isto me faz lembrar os tempos em que vivo…)

A circulação no ramal foi suspensa no ano de 1989. 
 
As imagens que se seguem ilustram as estações e apeadeiros deste ramal (ou o que sobrou dele).
 
- Estação do Montijo
 
 
comentário do autor: "Estação do Montijo, 2009.05.05"


 
 
- Apeadeiro de Sarilhos
comentário do autor: "Paragem de Sarilhos, 2006.03.11"


 
 
- Apeadeiro da Jardia
comentário do autor "Paragem de Jardia, 2006.03.11"


Nota 1: este blog não representa qualquer organização, empresa ou tendência ferroviária. É apenas e só um espaço de opinião.
Nota 2: as fotos que ilustram este artigo estão identificadas com o nome do autor e quando aplicável, com a referência onde foram encontradas.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Novo descarrilamento na Linha da Beira Alta

Pouco mais de um mês após o último descarrilamento, a Linha da Beira Alta está novamente interrompida, desta vez entre Muxagata (Fornos de Algodres) e Celorico da Beira.

"Circulação suspensa na linha da Beira Alta após descarrilamento

A circulação de comboios na linha da Beira Alta, entre Muxagata (Fornos de Algodres) e Celorico da Beira, está suspensa devido ao descarrilamento de um comboio de mercadorias, informou a Refer.

O descarrilamento de um dos 21 vagões da composição de mercadorias Takargo, que transportava bobines de papel e seguia em direção a Espanha, ocorreu cerca das 22h30 de quarta-feira, à entrada da estação de Celorico da Beira, disse à agência Lusa a porta-voz da empresa, Susana Abrantes.

Segundo a responsável, devido ao descarrilamento de "um vagão do meio" da composição, que não provocou vítimas, a circulação ferroviária está interditada entre Muxagata e Celorico da Beira.

A CP está a assegurar o transbordo rodoviário de passageiros dos comboios que ainda circulam na linha da Beira Alta - Internacional e Intercidades - a partir da estação de Fornos de Algodres, indicou.

A REFER ainda não tem conhecimento da extensão nem do tipo do eventual dano causado na via pelo descarrilamento do vagão, explicou a mesma fonte.

"Já temos uma equipa deslocada para o local, no sentido de proceder ao carrilamento e a alguma reparação de que haja necessidade", disse Susana Abrantes à Lusa."


Trabalhos na linha da Beira Alta demorados. CP assegura transbordo

A circulação está interrompida desde quarta-feira à noite devido ao descarrilamento de um comboio de mercadorias.


"A circulação de comboios na linha da Beira Alta, entre Celorico da Beira e Fornos de Algodres, mantém-se cortada esta quinta-feira devido ao descarrilamento de um comboio de mercadorias, informa a Refer. Desde a ocorrência do acidente que a CP tem assegurado o transbordo rodoviário de passageiros da ligação Internacional através de autocarros.
O descarrilamento de um dos 21 vagões da composição de mercadorias Takargo, que transportava bobines de papel e seguia em direcção a Espanha, ocorreu cerca das 22h30 de quarta-feira, à entrada da estação de Celorico da Beira, explica a porta-voz da empresa, Susana Abrantes.
Os trabalhos para a remoção do vagão descarrilado realizaram-se durante toda a noite, adianta a porta-voz, adiantando que foi igualmente realizada uma vistoria à linha onde o incidente ocorreu.
Em declarações à Renascença, Susana Abrantes refere que não há previsão de reabertura da linha, uma vez que os trabalhos são demorados e que só depois de retirado o vagão acidentado será possível saber em que condições está a linha no local do acidente.
"Se não houver dano, como as observações feitas até ao momento demonstram, a circulação na linha será restabelecida rapidamente", avançou a responsável, escusando-se, no entanto, a apontar uma hora para o efeito.
Os vagões que se encontravam à frente do descarrilado foram retirados com a máquina locomotiva, enquanto os da retaguarda da carruagem acidentada vão ser igualmente removidos, explicou Susana Abrantes."
fonte: RR

(actualização às 22:00 de 03-Jul-2014)

"A circulação de comboios na linha da Beira Alta, entre Celorico da Beira e Fornos de Algodres, onde na quarta-feira ocorreu um descarrilamento, foi restabelecida às 21:15, informou hoje a Refer.

A meio da manhã, a Refer previu o restabelecimento da circulação na linha pelas 17:00, o que não se verificou.

A porta-voz da empresa, Susana Abrantes, adiantou que "por questões de segurança e para uma melhor avaliação" a reabertura da circulação naquela via teve de ser adiada.

O descarrilamento de um dos 21 vagões da composição de mercadorias Takargo, que transportava bobines de papel e seguia em direção a Espanha, ocorreu cerca das 22:30 de quarta-feira, à entrada da estação de Celorico da Beira.

Os trabalhos para a remoção do vagão descarrilado realizaram-se durante toda a noite de quarta-feira para hoje, de acordo com a porta-voz da Refer, que adiantou que foi também realizada uma vistoria à linha onde o incidente ocorreu
."

fonte: RTP