sexta-feira, 28 de março de 2014

Comboio Presidencial (IX)

Realizou-se hoje (27-Março-2014), como anunciado, a viagem do comboio presidencial entre as estações de Entroncamento e Famalicão.


As imagens que se seguem, ilustram esta viagem:
André Lourenço @ facebook (flickr)



Gabriel Fernandes @ facebook

Carlos Seabra @ facebook

António Gonçalves (CEC) @ facebook



O comboio Presidencial - um pouco de história (fonte FMNF)

[...] O Comboio Presidencial terá efectuado uma das suas últimas viagens a 30 de Julho de 1970, quando acompanhou o longo cortejo fúnebre de António Oliveira Salazar, desde uma estação improvisada em frente aos Jerónimos até Santa Comba Dão.

Quando o Comboio Presidencial deixou de servir o Chefe de Estado, a composição foi desagregada e as carruagens presidenciais guardadas em armazéns.

Com a actividade museológica de Armando Ginestal Machado, em 1980, foram protegidos o Salão do Chefe de Estado e o Salão Restaurante, resguardados nas então inauguradas Secções Museológicas de Santarém e Estremoz, respectivamente.

Também na mesma época, o Salão dos Ministros e o Salão daComitiva e Segurança foram transportados da Estação da Cruz de Pedra, onde se encontravam, para o Entroncamento. O primeiro foi adaptado a Comboio Socorro, uma composição destinada a ocorrer a acidentes, descarrilamentos e avarias no caminho-de-ferro, tarefa que cumpriu durante cerca de vinte anos. O segundo, a par da Carruagem dos Jornalistas e do Furgão afecto ao comboio presidencial, foram guardados num antigo depósito do Complexo Ferroviário do Entroncamento.

Actualização (30-03-2014):
"A FNMF está agora a estudar os vários modelos de negócio possíveis para a exploração comercial do comboio enquanto produto turístico, que podem passar por parcerias com autarquias como esta com Famalicão, com a CP ou empresas privadas. Para já, há mais duas viagens agendadas: em Maio, entre o Entroncamento e Castelo Branco, e, em Junho, em direcção ao Sul, com destino a Faro."
in Publico

quarta-feira, 26 de março de 2014

segunda-feira, 24 de março de 2014

Comboio Presidencial (VIII)

http://www.fmnf.pt/comboiopresidencial


Comboio Presidencial viaja até Vila Nova de Famalicão

A Fundação Museu Nacional Ferroviário (FMNF) e a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão realizam uma viagem a bordo do Comboio Presidencial, no dia 27 de março, a primeira ao norte do país. O percurso terá início na Estação Ferroviária do Entroncamento, prevendo-se uma paragem em Aveiro, para tomada de passageiros, tendo como destino o Museu Nacional Ferroviário - Núcleo de Lousado.
[...]
O programa do Passeio, com início pelas 9h00 (saída do Entroncamento), ocupa o dia inteiro e conta com animação a bordo. À chegada a Lousado, prevista para as 14h30, terá lugar uma visita ao Museu Nacional Ferroviário - Núcleo de Lousado. Pelas 16h00, no Museu da Fundação Cupertino de Miranda - localizado no centro da cidade, reconhecido pela sua rica coleção de Arte Moderna e Contemporânea, especialmente do Surrealismo - os convidados serão acompanhados pelo Mestre Cruzeiro Seixas, atualmente a residir em Vila Nova de Famalicão.

O Comboio Presidencial, ficará parqueado na Estação de Famalicão, onde poderá ser visitado pelo público em geral, entre as 15h00 e as 17h00.

Tudo indica que a tracção deste comboio estará a cargo da locomotiva diesel 1424, a mesma que efectuou os comboios históricos no douro e os passeios de ensaio do comboio presidencial. As restantes hipóteses parecem muito pouco prováveis: locomotiva diesel 1805 e locomotiva eléctrica 2501.

Em 2002, existiam várias unidades decoradas com as cores do comboio presidencial, entre as quais a locomotiva diesel 1453, agora encostada em Contumil. Nesta altura era possível ver o comboio histórico a ser traccionado pela locomotiva a vapor 0187 (actualmente encostada em Contumil) ou um IR com a locomotiva diesel 1424. Era ainda possível ver a locomotiva a vapor de via estreita E214 a viajar entre a estação da Régua e Vila Real. Era ainda possível ver a "outra" locomotiva a vapor na Beira Baixa.

Agora, passados 12 anos, temos um comboio presidencial, mas tudo isto se perdeu ....

As fotos que se seguem ilustram momentos que muito dificilmente se repetirão:
comentáro do autor: "The CP 9004 and the CP 1453 at the yard of Régua. Régua, the 22rd of October 2002"

comentáro do autor: "The CP 0187 with the historic train in Régua. Régua, the 23rd of October 2002"

comentáro do autor: "The CP E214 on it's way back to Régua. Carrazedo, the 22th of October 2002"



Nota 1: este blog não representa qualquer organização, empresa ou tendência ferroviária. É apenas e só um espaço de opinião.
Nota 2: as fotos que ilustram este artigo estão identificadas com o nome do autor e quando aplicável, com a referência onde foram encontradas.

terça-feira, 11 de março de 2014

O comboio histórico na Linha da Beira-Baixa (Outubro 2002)

Em Outubro de 2002 a locomotiva a vapor 0186 traccionou o comboio histórico, entre Entroncamento e Vila Velha de Rodão. "Consta" que o objectivo era promover as viagens turisticas neste troço. 
Recordo que entre Entroncamento e Rodão a Linha da Beira-Baixa segue quase sempre junto ao rio Tejo. 

comentário do autor: "The CP 0186 takes on water in Abrantes. Abrantes, the 20th of October 2002"

comentário do autor: "The CP 0186 leaves with a mixed train the station of Belver. Belver, the 20th of October 2002"

comentário do autor: "The CP 0186 after the arrival in Vila Velha de Ródão. Vila Velha de Ródão, the 20th of October 2002"

comentário do autor: "The CP 0186 with a mixed train on it's way back to Entroncamento. Gardete, the 21th of October 2002"



Nota 1: este blog não representa qualquer organização, empresa ou tendência ferroviária. É apenas e só um espaço de opinião.
Nota 2: as fotos que ilustram este artigo estão identificadas com o nome do autor e quando aplicável, com a referência onde foram encontradas.

sábado, 1 de março de 2014

Metro de Lisboa - Sempre em Greve II


Notícia de 02 de Novembro de 2006:

"Salário de 2500 euros por 3 horas de condução

Os maquinistas do Metropolitano de Lisboa recebem, em média, cerca de 2500 euros ilíquidos mensais por três horas diárias de condução de passageiros. Trata-se da classe profissional mais numerosa na empresa Metro de Lisboa, que paga ordenados acima dos mil euros a todos os seus trabalhadores, apurou o Correio da Manhã.

O facto de trabalharem no subsolo é uma das principais razões, de acordo com fontes do sector, para o valor dos salários pagos pelo Metropolitano de Lisboa, dos mais elevados nos transportes públicos e bastante acima da média nacional, que se situa nos 804 euros por mês.

Com efeito, o leque salarial ilíquido das 57 categorias varia entre os mil e os três mil e quinhentos euros, já que aos salários base tem de se somar uma componente variável, que vai desde os subsídios de alimentação até ao de turno, passando por prémios de assiduidade e de desempenho.

Os horários de trabalho semanal variam, entre as 22h30 (enfermeiros) e as 39 horas (serralheiros, mecânicos), embora a média se situe nas 36 horas.
Os maquinistas constituem, entre os cerca de 1700 trabalhadores da empresa, a classe profissional mais numerosa, com 270 profissionais, sendo também uma das que aufere os salários mais elevados, segundo o um estudo realizado pelo Metro.

Recebem, para além do salário base, subsídios de trabalho nocturno, subsídio de turno e subsídio de agente único (ao substituírem a antiga categoria de factor, responsável pela abertura e fecho das portas), entre outros.
Com uma média etária em torno dos 40 anos e com pelo menos o 9.º ano, os maquinistas do metro transportam passageiros, no máximo, três horas por dia. Ou seja, metade do tempo de um maquinista da CP ou da Carris.

O tempo restante do turno diário – de sete horas e meia, em virtude de terem um regime de folgas de quatro dias de trabalho e dois de paragem – é dedicado a manobras ou a levar comboios para manutenção ou reparação.
“É um trabalho monótono, muito desgastante, em que estamos o dia inteiro a respirar limalha de ferro”, explicou ao Correio da Manhã Diamantino Lopes, maquinista e dirigente da Federação dos Sindicatos dos Transportes Rodoviários e Urbanos (FESTRU).
É frequente, por isso, os maquinistas não continuarem a trabalhar no subsolo depois dos 55 anos, dado sofrerem de problemas de saúde, relacionados com a visão e audição.

GREVES PELO ACORDO
As cinco greves feitas pelos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, assim como as próximas do dia 7 e 9 de Novembro, foram convocadas face à recusa do conselho de administração em aceitar prolongamento do actual Acordo de Empresa. O documento, com cerca de 30 anos, termina em Dezembro do próximo ano, mas os sindicatos pretendem que se estenda até 2011. Neste momento a administração do Metro encontra-se numa fase de transição, uma vez que o actual conselho, liderado por Mineiro Aires, já terminou o seu mandato mas o próximo, presidido por Joaquim Reis, ainda não tomou posse. Ao todo, são oito os sindicatos envolvidos nas negociações com a empresa, entre os quais os sindicatos dos Electricistas do Metropolitano e o dos Quadros Técnicos de Desenho.
 
APONTAMENTOS
PASSAGEIROS
O Metropolitano de Lisboa transporta diariamente perto de meio milhão de passageiros para 48 destinos possíveis de quatro linhas subterrâneas com uma extensão total de 35,6 quilómetros.

CARRUAGENS
No final de 2005 o Metro de Lisboa tinha 338 carruagens em operação que circulam com um intervalo médio de dez minutos, variando ao longo do dia e nas várias linhas do serviço. Os comboios iniciam marcha às 6h30 e só param de madrugada, à 01h00.

NÍVEL SALARIAL
O nível salarial do Metropolitano de Lisboa é o segundo mais elevado da Europa. Só os funcionários do sistema subterrâneo de comboios de Viena de Áustria ganham mais do que os trabalhadores do Metro da capital portuguesa.

FACTORES
A categoria de factor desapareceu em 1995, a função destes trabalhadores era abrir e fechar as portas do comboio a cada paragem. A tarefa foi assumida pelos maquinistas que para isso recebem um subsídio que varia entre 317 euros e 475,50 euros mensais.

METRO: DOIS TURNOS
Os maquinistas do Metro de Lisboa trabalham três horas diárias, em dois turnos, no mesmo dia. Cada dia de trabalho está dividido em dois períodos “que não podem exceder as três horas seguidas por motivos de segurança”, explica um comunicado da FESTRU em reacção à notícia publicada pelo CM.
Os maquinistas do metropolitano cumprem, ainda, “no resto de cada período, as manobras com o material circulante nos términos e nos parques”, lê-se no comunicado. O sindicato sublinha que o que está em causa é a existência do acordo da empresa."