sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Metro de Lisboa - Sempre em Greve VI (17 e 22 de Dezembro há mais do mesmo!)



Mais duas greves, dos senhores que já nos habituaram a isto. Até quando?

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa convocaram uma greve para o dia 22 de dezembro, disse esta sexta-feira a dirigente da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, Anabela Carvalheira.

De acordo com Anabela Carvalheira, a greve, de 24 horas, foi decidida, esta sexta-feira, durante um plenário realizado em frente às instalações da empresa na Avenida Barbosa du Bocage, em Lisboa, ao qual se seguiu uma manifestação até à sede da empresa, em Picoas, onde foram entregues as conclusões do plenário.

Esta greve é convocada "em defesa do serviço público da empresa" e pela "resolução dos diversos problemas socio-laborais existentes".

Para uns dias antes, a 17 de dezembro, está convocada uma outra greve de 24 horas, mas esta do setor da Exploração Operacional do Metro, que inclui os maquinistas.

Num comunicado divulgado no seu site, a Fectrans alega que a direção da empresa faz "tábua rasa do Acordo de Empresa, dos protocolos e regulamentos que se aplicam nas áreas sobre sua jurisdição, ensaiando - como se de cobaias se tratassem - diversos modelos, diversos horários, diversas ameaças, e diversos 'castigos' a aplicar aos trabalhadores".

"Os trabalhadores da Exploração Operacional estão agora - mais do que nunca - confrontados com a prepotência da sua direção, depois de várias tentativas para chegar a alguns entendimentos, nomeadamente com reuniões em junho, sobre horários, folgas, férias, tempo extraordinário não pago, supressão de postos de trabalho, segurança", pode ler-se no comunicado.
in JN

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Greve na CP - 24/11/2014

Hoje é (mais um) dia de greve na CP. O resultado é o esperado:

O pré-aviso do SFRCI:
GREVE DIA 24 DE NOVEMBRO
TERMOS DO PRÉ-AVISO

1º Todos os trabalhadores da C.P., integrantes da Carreira da Revisão e Comercial (O.R.V’s., O.V.C’s., Assistentes Comerciais, Chefes de Equipa Comercial, Inspectores de Serviço Comercial, Inspectores Chefe do Serviço Comercial), farão greve à prestação de todo e qualquer trabalho durante todo o seu período de trabalho entre as 00 horas e as 24 horas do dia 24 de Novembro de 2014.

2º Ficam igualmente abrangidos por este pré-aviso, todos os trabalhadores cujos períodos de trabalho:

a) Se iniciem no dia 23 de Novembro de 2014 e terminem depois das 00 horas do dia 24 de Novembro de 2014 efectuando neste caso greve em todo o seu período de trabalho.
b) Se iniciem no dia 23 de Novembro de 2014 e terminem fora da sede, efectuando neste caso greve em todo o seu período de trabalho.
c) Se iniciem fora da sede após as 24 horas do dia 24 de Novembro de 2014, efectuando neste caso greve a todo o seu período de trabalho.
d) Se iniciem no dia 24 de Novembro de 2014 e terminem depois das 00 horas do dia 25 de Novembro de 2014, efectuando neste caso greve a todo o seu período de trabalho.
e) Os trabalhadores com as categorias de: Operador de Venda e Controlo, Chefe de Equipa Comercial, Inspector de Serviço Comercial, Inspector Chefe do Serviço Comercial, quando solicitados por parte da empresa para acompanhamentos de comboios a fim de substituir trabalhadores em greve, nos dias 23 e 25 de Novembro de 2014, efectuarão neste caso greve a todo o seu período de trabalho.

3º Entre as 00 horas e as 24 horas do dia 24 de Novembro de 2014, os trabalhadores abster-se-ão da prestação de trabalho suplementar, em dia de descanso semanal (obrigatório/complementar) e com falta de repouso.
Nas situações de supra/ou de serviço a indicar, os trabalhadores efectuarão greve por um período de 8 horas após o período de repouso mínimo, caso não lhes tenha sido indicado serviço a efectuar entre as 00 horas e as 24 horas do dia 24 de Novembro de 2014.
Em caso de indicação atempada de serviço, os trabalhadores efectuarão greve nos termos do presente pré-aviso de greve.


4º Recusa de qualquer alteração à escala/ordem de serviço efectuada ou comunicada para os dias 23, 24 e 25 Novembro 2014 após o envio do presente pré-aviso.



Comunicado da FECTRANS (23/11/2014):

Amanhã, os trabalhadores da carreira da Revisão e Comercial - ORV’s e OVC’s – Assistentes Comerciais, Chefes de Equipa Comercial, Inspectores Chefe de Serviço Comercial e todas as Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária, estarão em greve duraante todo o dia.

O SNTSF, sindicato ferroviário da FECTRANS/CGTP-IN, apelou à unidade de todos os trabalhadores e, apesar de não se terem criado as condições para um pré-aviso de greve abrangente, devido à acção divisionista de algumas organizações sindicais, entendemos que o momento é de unir e não dividir.

O governo irá votar um Orçamento do Estado lesivo para os trabalhadores, pelo que justifica a luta em torno das seguintes reivindicações:
Contra o Corte e congelamento dos salários previstos no OE de 2015;
Contra o roubo do direito ao transporte;
Pelo cumprimento integral do AE
Contra a redução de trabalhadores e pela reposição do efectivo;
Contra a redução das indemnizações compensatórias e obrigações do estado que põem em causa o cumprimento das obrigações sociais da CP e coloca em causa postos de trabalho;
Pela revogação do Decreto-lei 133/2013;
Pelo pagamento das dívidas aos trabalhadores.





Greve da CP suprime comboios nas linhas de Sintra, Cascais e Porto

As linhas ferroviárias de Sintra e Cascais (distrito de Lisboa) estão sem comboios desde das 21:38 e registam-se perturbações na circulação a partir do Porto, por causa da greve dos revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP.
Os efeitos já se fizeram sentir na noite de domingo, segundo disseram à Lusa dois dirigentes do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).
As linhas de Cascais e Sintra não têm circulação de comboios desde as 21:38, enquanto as ligações de longo curso têm contado com "pessoal não qualificado" no lugar dos revisores em greve, pondo em causa as condições de segurança dos passageiros, disseram os sindicalistas.
No Porto, ao longo do dia de hoje foram suprimidos oito comboios na linha do Douro, na ligação Porto-Régua e quatro na ligação Porto-Valença.
"No eixo Aveiro e Braga [com partida do Porto] não há comboios", disse um dos representantes sindicais dos trabalhadores.
Em todo o país, o sindicato estima que 75 por cento das bilheteiras estejam encerradas.
A agência Lusa tentou, sem sucesso, obter um esclarecimento por parte da CP perante estes dados fornecidos pelo sindicato.
Num aviso aos passageiros na página da Internet, a CP informa que, por motivo de greve convocada por diversas organizações sindicais, preveem-se perturbações nos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Regional, InterRegional e Urbanos a partir das 00:00.
A empresa antecipa ainda atrasos e supressões pontuais na noite de hoje e na manhã de terça-feira, nos serviços Regional, InterRegional e Urbanos.
A greve foi marcada para demonstrar "o descontentamento face à decisão do Governo em manter as medidas de austeridade".
"Esta é uma greve inédita e é vergonhoso o que a empresa está a fazer ao substituir os revisores por pessoal que não executa há muito estas tarefas", disse Luís Bravo, dirigente do SFRCI.
O Tribunal Arbitral decretou 25 por cento da operação em serviços mínimos.
Diário Digital com Lusa

domingo, 16 de novembro de 2014

Os novos comboios para o Douro e Minho II

aqui tinha falado sobre a vinda de novas unidades triplas da série 592 .... ei-las finalmente em serviço comercial.





Serviço Celta, entre Porto e Vigo, com nova automotora a partir de segunda-feira (17/11/2014)

Ao serviço da CP continuarão seis unidades da série original 592, perfazendo, assim, um total de 20 composições em circulação
A primeira automotora 592.200 do comboio Celta, que liga Porto e Vigo, entra segunda-feira em exploração comercial, saindo de Campanhã às 08:15 com destino à Galiza e paragens em Nine, Viana do Castelo e Valença.

Segundo adiantou à agência Lusa fonte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), a composição, alugada pela CP à Renfe, faz parte de um total de 14 que, ao longo de 2015, substituirão outras tantas da série 592 atualmente em exploração nas Linhas do Minho e do Douro e no serviço Celta.

Ao serviço da CP continuarão seis unidades da série original 592, perfazendo, assim, um total de 20 composições em circulação.

De acordo com a CCDR-N, as novas automotoras permitem “melhores prestações”, já que atingem uma velocidade máxima de 140 quilómetros/hora (contra os 120 das anteriores) e possuem freio electropneumático.

As novas composições asseguram também um maior conforto aos passageiros, possuindo ainda suportes interiores para bicicletas.

O comboio Celta assegura, diariamente, duas viagens Porto-Vigo e mais duas em sentido contrário e, desde 1 de julho, efetua paragens em Nine, Viana do Castelo e Valença.


fonte ionline


terça-feira, 11 de novembro de 2014

Metro de Lisboa - Sempre em Greve V - Greve de 13/11 com "serviços mínimos"?

Episódios anteriores: I, II, III, IV

Tribunal põe Metro de Lisboa a circular
 
Trabalhadores realizam uma greve de 24 horas na quinta-feira, contra a concessão da empresa a privados.


O Metropolitano de Lisboa revelou que o Tribunal Arbitral decretou serviços mínimos para a greve convocada para a próxima quinta-feira. Deve ser assegurada a circulação de um quarto das composições que habitualmente transportam passageiros.

Fonte da empresa sublinhou que "o Metro irá agir de acordo com o que o tribunal decretou".

Segundo uma nota da empresa, o tribunal decretou que, "dentro do período normal de funcionamento da empresa (7h00 às 23h00), devem ser asseguradas, em todas as estações e por cada período de uma hora de funcionamento, 25% das composições habitualmente afectas ao transporte de passageiros". 

A empresa destaca que "fará todos os esforços com vista a minorar os inconvenientes desta perturbação para os seus clientes" e salienta que está previsto o reforço de algumas das carreiras de autocarros da Carris coincidentes com os eixos servidos pelo Metropolitano, entre as 6h30 e as 21h00, nomeadamente as carreiras 726 (Sapadores-Pontinha), 736 (Cais do Sodré-Odivelas), 744 (Marquês de Pombal-Moscavide) e 746 (Marquês de Pombal-Estação da Damaia).

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa realizam uma greve de 24 horas na quinta-feira, contra a concessão da empresa a privados, anunciou a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações. A Fectrans defende que "o Governo tudo fará para que, enquanto se mantiver em funções, concretizar o seu plano de destruição de um serviço público de qualidade e da sua transformação num instrumento dos negócios dos grupos económicos e financeiros".

O Governo anunciou recentemente que o concurso para concessão da empresa e da Carris, por um período mínimo de nove anos, deverá ser lançado brevemente.

A greve dos trabalhadores do Metro de Lisboa coincide com o "Dia Nacional de Indignação, Acção e Luta", marcado pela CGTP para 13 de Novembro, em defesa do aumento dos salários, estabilidade do emprego, reposição dos direitos laborais e contra as políticas do Governo.

fonte: RR

----------//----------
Actualização de 12-11-2014 20:00

Comunicado da Fectrans:
 
Contrariamente à esmagadora maioria dos acórdãos do tribunal arbitral sobre greves no Metropolitano de Lisboa, fomos agora confrontados com uma decisão, sem qualquer fundamento técnico ou legal, que justifique a fixação de serviços mínimos, já que os mesmos apenas visam colocar, sem segurança para os utentes, comboios a circular, sem se fundamentar quais as necessidades sociais impreteríveis que visam assegurar.

Perante esta decisão e na avaliação da defesa do direito à greve e da defesa do direito à segurança dos utentes que utilizam este modo de transporte, às organizações de trabalhadores coloca-se duas opções:

Ou apelar aos utentes para a não utilização do metro no dia de greve;

Ou apelar aos trabalhadores, que numa atitude responsável, não contribuam para situações que podem causar a insegurança de quem precisa do metropolitano para viajar.

Estamos perante uma situação em que se pretende transportar o mesmo número de pessoas diárias, com apenas ¼ das circulações de um dia normal e, isto certamente, originaria comboios superlotados e intervalos maiores entre circulações nas estações, com mais tempo de espera e com cais congestionados.

Assim, as organizações sindicais, apelam aos trabalhadores, para que, amanhã, não utilizem o pré-aviso de greve e se apresentem aos serviço, nas mesmas condições de um dia normal de trabalho.

Não seremos cúmplices da irresponsabilidade de quem decide, sem conhecer sobre o que decide e sobre as consequências que a decisão origina.

Neste pressuposto, qualquer anormalidade na circulação do Metropolitano de Lisboa, deve-se à administração e à sua incapacidade de resolver os conflitos laborais que cria.


----------//----------
Actualização de 13-11-2014 09:00

Metro de Lisboa a funcionar apesar da greve dos trabalhadores
O Metropolitano de Lisboa está hoje a funcionar normalmente, apenas com "algumas perturbações" na Linha Verde, que liga Telheiras ao Cais do Sodré, apesar do pré-aviso de greve dos trabalhadores, disse à Lusa fonte da empresa.

Fonte oficial da empresa explicou à agência Lusa que as portas de «todas as estações do Metro abriram normalmente às 06:30 como é hábito», salientando que apenas a Linha Verde «regista algumas perturbações anunciadas devido à greve, que podem passar por um maior intervalo de tempo entre as composições».
Ouvida pela TSF, Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), confirmou que a circulação do metropolitano de Lisboa faz-se normalmente.
A dirigente sindical adiantou que os trabalhadores reponderam ao apelo das organizações sindicais, «tendo avaliando que não estavam reunidas as condições de segurança pela decisão política do Tribunal arbitral».
Os trabalhadores estão «a cumprir o seu horário de trabalho», adianta Guadalupe Simões, «mas sob protesto». A sindicalista lembra que os protestos não vão abrandar e promete mais ações «já a partir da próxima segunda-feira», para exigir a reposição das 35 horas no horário de trabalho e o pagamento integral das horas extra.
O Metropolitano de Lisboa revelou na terça-feira passada que o tribunal arbitral decretou serviços mínimos, por considerar que deve ser assegurada a circulação de um quarto das composições que habitualmente transportam passageiros.

Lusa via TSF

CP investiga vídeo de mulher estranha à empresa a conduzir comboio

A propósito das "boleias em cabines" .... o video e a sra. que se vê no vídeo (Halima Abboud).




CP investiga vídeo de mulher estranha à empresa a conduzir comboio

A CP anuncia que vai reportar às autoridades um vídeo divulgado na Internet em que uma mulher, que não é funcionária da empresa, aparece alegadamente a conduzir um comboio alfa.  
  
A empresa admite, em comunicado enviado à agência Lusa, haver dificuldades na "confirmação da veracidade" das imagens, que terão sido gravadas através de um telemóvel, assim como na "identificação do comboio específico, data e viagem em que tal situação poderá, eventualmente, ter ocorrido". 
  
Assim, a CP decidiu "reportar a situação às autoridades competentes para que sejam conduzidas as necessárias averiguações", nomeadamente para confirmar a situação e identificar as circunstâncias e as pessoas envolvidas. 
  
"Após as devidas averiguações, não deixará de retirar as devidas consequências dos factos apurados", garantiu a empresa, numa resposta escrita, na qual adianta ter conhecido ao final da tarde desta segunda-feira as imagens que "parecem apontar para a presença de um elemento estranho à empresa na cabine de condução de um comboio Alfa Pendular, aos comandos da composição".   
  
Na pesquisa efectuada, a CP indicou que a colocação inicial do vídeo terá sido em 2011, "embora a sua disseminação só tenha ocorrido hoje".  
  
A empresa lembrou a existência de regulamentos internos que proíbem a "presença de elementos estranhos à tripulação dos comboios em cabines de condução, excepto se devidamente autorizados".   
  
"O acesso e permanência às cabines de condução só é permitido mediante apresentação de documentação específica para o efeito. O não cumprimento destas determinações constitui infracção passível de consequências disciplinares graves ou outras de contornos diferentes, que se venham a revelar adequadas aos factos apurados", sublinha a CP.

fonte: RR

---------//---------

CP não conseguiu confirmar se realmente se trata de um Alfa Pendular que fez a viagem entre Lisboa e Porto e garantiu ao DN que vai "reportar esta situação às autoridades competentes".


Uma atriz e modelo colocou um vídeo no You Tube no qual diz estar a conduzir um comboio Alfa Pendular entre Lisboa e Porto, a 220 km/hora. As imagens foram colocadas no site a 2 de dezembro de 2011, mas no Facebook de Halima Abboud aparece como tendo sido partilhado hoje.
No vídeo de dois minutos, Halima Abboud explica a que velocidade está a viajar e que está a caminho do Porto num Alfa Pendular. As CP desconhecia as imagens e assegurou ao DN que "após as devidas averiguações, não deixará de retirar as devidas consequências dos factos apurados".
"Considerando que as características das imagens provocam dificuldades na confirmação da veracidade das mesmas, bem como na identificação do comboio específico, data e viagem em que tal situação poderá, eventualmente, ter ocorrido, a CP vai de imediato reportar esta situação às autoridades competentes para que sejam conduzidas as necessárias averiguações que possam permitir confirmação desta ocorrência e identificação das circunstâncias e pessoas envolvidas", explicou a porta-voz da CP, Ana Portela. Este tipo de comboios existe noutros países.
Realçou ainda que "o acesso e permanência às cabines de condução só é permitido mediante apresentação de documentação especifica para o efeito". Por isso, caso a regra não tenha sido respeitada "constitui infração passível de consequências disciplinares graves ou outras de contornos diferentes, que se venham a revelar adequadas aos factos apurados".

fonte: DN
---------//---------

Chama-se Halima Abboud a cidadã brasileira que aparece a conduzir um comboio Alfa Pendular a 220 Km/hora num vídeo divulgado no YouTube e no seu Facebook. A "maquinista" é actriz e modelo e, segundo as informações que coloca no Facebook, vive entre o Brasil e Portugal.

A CP apresentará uma queixa ao Ministério Público (DIAP).

A cidadã brasileira incorre num crime de “condução perigosa”, cuja pena máxima é a inibição de conduzir. Se viver no Brasil e as autoridades portugueses requererem que seja constituída arguida, esta terá o direito a calar-se, não divulgando quem foi o maquinista, mas se for inquirida como testemunha terá o dever de falar, embora as consequências de um eventual “esquecimento” sejam praticamente nulas.

Ou seja, muito dificilmente a CP poderá saber qual dos maquinistas que habitualmente conduzem o Alfa Pendular (há cerca de uma centena com “carta de condução” para aquele tipo de comboio) autorizou a entrada na cabina da actriz brasileira e a deixou sentar-se aos comandos.

Nas imagens do vídeo nota-se que o comboio vai no sentido Lisboa-Porto e que o troço onde este circula é entre Pampilhosa e Aveiro, o único onde o Alfa Pendular pode atingir os 220 Km/hora.

Apesar da forma divertida como a mulher conduz o comboio, sem prestar atenção aos comandos nem à linha (claramente mais interessada em falar para a câmara do telemóvel), os passageiros não estavam propriamente expostos a um grande risco. O Convel – computador de bordo de controlo de velocidade – actuaria de imediato caso a velocidade permitida fosse ultrapassada. E se este tivesse que fazer algum afrouxamento, o próprio sistema frenava o comboio, caso o maquinista não o fizesse.

Aquele troço - e exactamente por ser onde os comboios circulam a maior velocidade -, também não tem quaisquer passagens de nível e está vedado em ambos os lados da via, sendo improvável o surgimento de qualquer obstáculo.

Para além de um maço de tabaco, não há mais nada que identifique o dia, a hora e o número do comboio em que o vídeo foi feito, tudo indicando que foi o próprio maquinista que fez a filmagem. Na segunda-feira, a CP divulgou um comunicado em que afirma que, “após as devidas averiguações, não deixará de retirar as devidas consequências dos factos apurados”.

Na pesquisa efectuada, a CP indicou que a colocação inicial do vídeo terá sido em 2011, “embora a sua disseminação só tenha ocorrido hoje [segunda-feira]”.

A empresa lembrou a existência de regulamentos internos que proíbem a “presença de elementos estranhos à tripulação dos comboios em cabinas de condução, excepto se devidamente autorizados”.

Entre os maquinistas é grande a consternação pelo sucedido. Comentam nas redes sociais, e em grupos fechados destes profissionais, que tal prejudica a classe e dá uma imagem negativa da empresa.
 
fonte: Público

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

CCFL - Os Eléctricos de 2 eixos J.G. Brill 476 a 499 e 503 a 507

autor: http://www.flickr.com/photos/biblarte/3720437742/

CCFL - Os Eléctricos 508 a 531

Estes eléctricos são praticamente idênticos aos 476 a 499 e 503 a 507, mas estes foram construídos em S. Amaro.
 comentário do autor: "Lisbon, Rua do Alecrim. Circular route 29 with tram 511, followed by a Daimler halfcab, 1978."

comentário do autor: "Lisbon, line 17 (Alto de São João - Belém) at Praça da Figueira, 1977. Two-axle car built by Carris in 1925 after the semi-convertible design. This type went out of service in 1980"






terça-feira, 7 de outubro de 2014

O fim da "Amputação da Linha do Alentejo" I

Fontes geralmente mal informadas disseram-me que amanhã (08/10/2014) está prevista a circulação de uma dresine da REFER entre Beja e Ourique.  O objectivo desta circulação é avaliar as condições de circulação, de forma a que possam aqui passar comboios destinados ao transporte de minério proveniente de Aljustrel. 

A concretizar-se, esta reabertura será um primeiro passo para a utilização da Linha do Alentejo como alternativa à linha do Sul, para transporte de mercadorias entre Sines e o norte do país.

Recordo que este troço da Linha do Alentejo está encerrado desde 30/12/2011.


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Metro de Lisboa - Sempre em Greve IV




Depois de no inicio do ano o sindicato de alguns funcionariozinhos do Metropolitano de Lisboa ter brindado os Clientes desta empresa com uma sucessão de greves, eis que o final do verão nos traz novamente o protesto contra "o elo mais fraco". Sim, o protesto é unica e exclusivamente contra os Clientes, únicos prejudicados com esta forma de luta.

Na minha qualidade de Cliente com título de transporte pago, sinto-me injustiçado, porque a CGTP/PCP/FECTRANS insiste que a greve é o caminho.

domingo, 5 de outubro de 2014

Comboio Presidencial (XI) - Comemorações dos 125 Anos da Linha de Cascais e 650 da elevação de Cascais a Vila



A nota de imprensa da CP:

Comboio Presidencial na Linha de Cascais | 30 de setembro


O histórico Comboio Presidencial vai, no próximo dia 30 de setembro, percorrer os 25 quilómetros que unem Cascais ao Cais de Sodré, numa viagem que assinala os 125 anos da Linha de Cascais e também os 650 anos da elevação de Cascais a vila.

A viagem, que assinala estas duas importantes efemérides, convida a reviver o ambiente glamoroso do transporte ferroviário do início do século XX, numa composição de época recentemente recuperada pela Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) para a Fundação do Museu Nacional Ferroviário. O comboio poderá também ser visitado pelo público nas duas estações principais da Linha durante o dia de terça-feira.

A Câmara Municipal de Cascais e a CP-Comboios de Portugal associaram-se para celebrar desta forma a chegada do comboio ao município, a 30 de setembro de 1889, ao tempo apenas no troço entre Pedrouços e o centro da vila de Cascais e operado pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses.
Cerca de uma centena de convidados partirão no Comboio Presidencial às 12H00, na estação de Cascais, e terão chegada ao Cais do Sodré pelas 12H53, após uma curta paragem em Oeiras, pelas 12H25, onde haverá lugar a uma degustação de Vinho de Carcavelos.

A composição poderá ser visitada pelo público entre as 09H00 e as 10H30, na Estação de Cascais, e entre as 14H00 e as 20H00 na Estação de Cais de Sodré. O acesso será organizado em grupos e limitado à capacidade do Comboio.

Em anexo: breve nota sobre os 125 anos da Linha de Cascais e programa da comemoração.

Programa 30 de setembro
09h00-10h30 | Cascais - Exposição Comboio Presidencial (Visitas Guiadas – Fundação Nacional do Museu Ferroviário);
11h30 | Cascais - Receção dos convidados na plataforma da estação com animação pelo Teatro Experimental de Cascais e pelo Coro Ferroviário;
12h14 | Cascais - Partida do comboio com destino ao Cais do Sodré da Linha 3;
12h25-12h35 | Oeiras - Aperitivo a bordo pela Confraria do Vinho de Carcavelos;
12h53 | Chegada ao Cais do Sodré e animação pelo Coro Ferroviário;
14h00-20h00 | Cais do Sodré: Exposição Comboio Presidencial (Visitas Guiadas - FNMF).


Os 125 Anos da Linha de Cascais
O primeiro troço da linha, entre Pedrouços e Cascais, foi aberto ao serviço em 30 de setembro de 1889, pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, com o nome de “Ramal de Cascais”. A linha chegou até Alcântara-Mar em 6 de dezembro do ano seguinte, tendo nessa altura sido alterado o nome para Linha de Cascais. Ao Cais do Sodré, atual estação inicial/terminal da Linha, o comboio chegou em 4 de setembro de 1895. Foi a primeira ferrovia pesada a ser eletrificada em Portugal, corria o ano de 1926, e a última a ser integrada na CP, em 1976. É uma importantíssima via de comunicação, tendo desempenhado um papel de destaque no desenvolvimento da orla costeira até Cascais.

As imagens de hoje:
fonte: facebook

fonte: facebook



 fonte: facebook



domingo, 28 de setembro de 2014

Metro de Lisboa - Obras na estação de Areeiro (o impasse)



Já aqui tinha escrito sobre as intermináveis obras na estação Areeiro do Metropolitano de Lisboa. Em 19 de Novembro de 2013 foi finalmente inaugurado o átrio sul da estação Areeiro. No entanto, muitos clientes diários desta empresa já se teriam questionado sobre a razão pela qual não são visiveis obras no átrio norte (entretanto encerrado).
Eis a explicação:

"Metro de Lisboa quer custo com intervenção no Areeiro abaixo dos 15 milhões iniciais
15 Agosto 2014, 07:00 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt


Há vários meses que se estendem as obras na estação do Areeiro. Não há previsão sobre quando se resolverá o litigio judicial que justifica o atraso.
Os custos globais da intervenção do Metro de Lisboa na estação do Areeiro estão estimados em cerca de 15 milhões de euros. Cerca de 8 milhões já estão gastos. Mas a empresa espera não ter de pagar todo o restante dinheiro.

"Está a ser desenvolvida uma alteração ao projecto que visa diminuir o âmbito da intervenção e reduzir o valor global do investimento", diz fonte oficial do Metro de Lisboa em respostas enviadas ao Negócios.

Há dois átrios na estação de Areeiro que estiveram em obras, para possibilitar o alargamento daquela infra-estrutura de forma a que aí parem comboios com seis carruagens. As obras do átrio sul estão concluídas desde Novembro de 2013. E custaram 8 milhões de euros. No átrio norte, que deveria "gastar" os restantes 7 milhões, também não estão trabalhos a decorrer. Mas porque as obras estão suspensas.

As obras no átrio norte só "serão retomadas na sequência da resolução do litígio judicial existente com o empreiteiro". Não há previsão para a sua conclusão porque a "empresa está condicionada" à resolução desse diferendo.

Sem acordo no Areeiro, não há solução para Arroios, a outra estação da linha verde do metropolitano da capital (Cais do Sodré – Telheiras) que não consegue receber comboios com seis carruagens. "Existe uma relação entre as obras nesta estação e na estação do Areeiro, uma vez que para a execução da obra de ampliação da estação de Arroios se encontra previsto o encerramento da mesma e este encerramento apenas será possível quando a estação do Areeiro tiver os dois átrios operacionais", acrescenta fonte oficial do Metro de Lisboa, que funciona em fusão operacional com a Carris.

Quando tais trabalhos ficarem concluídos, algo para o qual ainda não há previsão, a circulação na linha verde poderá ser feita com seis carruagens, como acontece nas restantes linhas (azul, vermelha e amarela). Neste momento, são apenas três as carruagens que compõem as composições que andam na linha verde
."

Em jeito de nota de rodapé, deixo aqui uma pergunta: porque encerraram o átrio norte, se este estava funcional e é (era) o caminho mais directo para o interface com os autocarros e os comboios?

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Os novos comboios para o Douro e Minho I

Eis a primeira unidade 592.2 com as cores da CP. Destina-se aos serviços do Douro e Minho:

fonte: flickr


Esta unidade motora é idêntica às que actualmente circulam nestas linhas, pois são oriundas da mesma série original.

fonte: flickr
A velocidade máxima destas unidades é 140 km/h, mais 20 km/h que as actuais. Os motores originais foram substituídos por motores MAN com mais potência, tendo sofrido também algumas alterações na transmissão e nos freios.

Na prática, as automotoras das série 592 que actualmente circulam no Douro e Minho vão ser substituídas por outras, velhas e usadas como estas, mas com um aspecto mais "moderno".



sábado, 13 de setembro de 2014

CP sem comboios adequados para responder a elevada procura na linha do Douro

fonte: http://www.railpictures.net/






A falta de material diesel tem provocado situações dramáticas para a CP que, nem mesmo com o recurso ao aluguer de automotoras a Espanha, tem conseguido responder ao aumento da procura que se registou nos meses de Verão. A linha do Douro é a que mais tem sofrido com a falta de comboios, tendo-se verificado algumas supressões durante o mês de Agosto. Noutros casos, e apesar de a empresa triplicar o número de carruagens em algumas composições, tem havido passageiros a viajar de pé.

“Na origem destas supressões estão necessidades de imobilização de material que, por vezes, não é possível antecipar”, disse ao PÚBLICO fonte oficial da CP. “As linhas do Douro e do Minho nesta altura do ano registam elevados níveis de procura com a realização de diversos serviços especiais e necessidade de reforços da oferta regular, o que leva à utilização mais intensiva de todo o material disponível”, explica a mesma fonte.

Como as automotoras são em número insuficiente, a CP tem recorrido a composições formadas por locomotivas que rebocam carruagens de Intercidades. Só que, como a linha não é electrificada, o ar condicionado das carruagens tem de ser assegurado através de um furgão-gerador que é atrelado à composição e que quase duplica os custos de combustível porque funciona também a diesel. No furgão viaja ainda um funcionário, o que aumenta igualmente os custos com o pessoal.

O nível de comodidade é, evidentemente, superior ao das automotoras, mas a exploração poderia ser mais barata se a empresa optasse por colocar ao serviço carruagens vulgares tal como há alguns anos ainda circulavam no Douro. Não têm ar condicionado, mas por isso mesmo, têm a vantagem de se poder abrir as janelas para melhor apreciar a paisagem.

Comboios assim formados seriam mais baratos, mas a CP entende que isso seria regredir uma década e mantém que nenhum comboio em Portugal pode circular sem ar condicionado, receando que tal provoque um aumento das reclamações.

“Penso precisamente o contrário. A maioria dos passageiros do Douro agradecia se pudesse viajar em comboios onde as pessoas pudessem abrir a janela para melhor desfrutar da paisagem pois é esse o principal motivo da viagem”. Diogo Castro, da Associação Portuguesa dos Amigos dos Caminhos de Ferro (APAC), diz que esta é uma opinião que não é exclusiva dos entusiastas da ferrovia e refere a experiência que viveu no início do Verão quando viajou com a família e amigos entre a Régua e o Pocinho.

“A automotora estava toda grafitada e como as janelas não se abrem, tivemos que procurar um lugar onde se pudesse ver a paisagem. Fomos ao Pocinho e voltámos e reparámos que grande parte dos passageiros fizeram também o mesmo percurso porque o objectivo era a viagem em si mesmo. Havia famílias, grupos, pessoas com mochilas e bicicletas para fazerem caminhadas e passeios. Os passageiros regulares eram uma minoria. Não tenho dúvidas que a experiência da viagem sairia reforçada se as pessoas pudessem abrir as janelas para ver a paisagem, a linha, o rio, o comboio”.
fonte: http://www.railpictures.net/


O também economista diz que a CP poderia durante o Verão e aos fins-de-semana pôr a circular as antigas composições formadas por máquina e carruagens para responder precisamente a este tipo de procura. “As pessoas não só não reclamavam pela falta do ar condicionado, como até estou convencido que estariam dispostas a pagar um pouco mais pelo bilhete”, diz. De resto, países como a Suíça, a Itália e a Alemanha têm em circulação comboios com carruagens onde é possível abrir as janelas, razão pela qual não percebe este “dogma” da CP em manter as pessoas confinadas ao interior da composição quando o motivo da viagem é a experiência de circular numa das linhas de caminho-de-ferro mais bonitas do mundo.

Em 2004 a CP investiu 1 milhão de euros na recuperação de uma composição a que chamou Comboio do Vinho do Porto que, quatro anos depois e após ter realizado 250 viagens, ficou parqueada em Contumil sem nunca mais ter sido utilizada. Diogo de Castro diz que esta composição, com largas janelas e excelentes condições panorâmicas, era óptima para circular no Douro e que, se a CP quisesse, poderia recorrer a fundos comunitários para a recuperar.
fonte:flickr


António José Xavier, coordenador de um curso de Turismo nas Caldas da Rainha, realizou nos últimos três anos duas visitas de estudo ao Douro com alunos e professores da sua escola. No passeio de comboio entre a Régua e o Pocinho notou que as expectativas altas que existiam em relação à viagem saem frustradas porque as automotoras estão grafitadas e mal se vê a paisagem.

Para este professor de Geografia, que está concluir um mestrado em Turismo, a linha férrea que acompanha o rio Douro é de uma beleza ímpar, pelo que merecia uma atenção especial da CP com comboios mais adequados à motivação dos passageiros que ali viajam. E tece também críticas à Refer pois, a par de estações recuperadas, há algumas em estado de total abandono.

Para a CP, porém, pode ser tarde para recuperar os comboios que durante décadas fizeram parte da própria paisagem duriense. Para reduzir custos, a empresa abateu e mandou demolir dezenas de carruagens que agora poderiam ser utilizadas. Em contrapartida paga dezenas de milhões de euros pelo aluguer de automotoras espanholas que já estavam fora de serviço no país vizinho e que não são propriamente do agrado dos portugueses porque são barulhentas e têm um grau de conforto que está longe dos padrões actuais.

O PÚBLICO perguntou à CP quanto custou o aluguer do material espanhol, mas a empresa recusou responder, apesar da Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos ter deliberado que essa informação é pública.

Comboios especiais para a Festa das Vindimas
De 20 a 27 de Setembro a CP reedita um programa turístico que consiste numa viagem em comboio especial entre o Porto e a Régua, que prossegue depois em autocarro até à Quinta de Campanhã. Nesta propriedade os convivas podem participar nas actividades da vindima, incluindo as “lagaradas”, animadas por cantares de um rancho folclórico. O programa inclui almoço e degustação de vinho.
A saída do Porto é às 9h00 e o comboio regressa da Régua às 17h43 para chegar a Campanhã às 19h22. O programa custa 49 euros para adultos e 29 euros para crianças dos cinco aos 12 anos.

fonte: http://www.railpictures.net/


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

CCFL - Os eléctricos 25/26

Os eléctricos Nº 25 / 26 - Estrela - G. Freire

Criada em 1904, esta tornou-se a maior carreira de circulação de Lisboa, ligando a Baixa da cidade à Estrela.
Percurso (carreira 25):
Rossio, Rua do Ouro, Praça do Comércio, Rua do Arsenal, Praça do Município, Largo do Corpo Santo, Rua de S. Paulo, Rua da Boavista, Largo do Conde Barão, Largo Vitorino Damásio, Largo de Santos, Calçada de Santos-o-Velho (depois Ribeiro Santos), Rua S. João da Mata, Rua Garcia da Orta, Rua de S. Domingos à Lapa, Rua de Buenos Aires, Rua dos Navegantes, Largo da Estrela, Rua Domingos Sequeira, Rua Ferreira Borges, Rua de Campo de Ourique, Rua Silva Carvalho, Rua das Amoreiras, Largo do Rato, Rua Alexandre Herculano, Avenida da Liberdade, Praça dos Restauradores, Largo D. João da Câmara, Rossio.
A carreira 26 fazia o percurso oposto.


Rua do Conde de Redondo - Rua Gomes Freire


Rua Gomes Freire

Com o fim das linhas de eléctricos na Av. da Liberdade e Praça dos Restauradores, em 1960, sofreu algumas alterações. Foi quebrada a circulação anterior, criando-se duas carreiras em vaivém:
- A nº 25: Praça da Figueira - Gomes Freire (via Praça do Comércio, Santos, Estrela, Rato, Conde Redondo);
- e a nº 26: Praça do Comércio - Estrela (via Praça da Figueira, Martim Moniz, Gomes Freire, Conde Redondo, Rato)
Este esquema durou até 1962, altura em que se fixou a carreira de circulação que ficou conhecida por "Estrela-G. Freire".

Em 1991, em consequência de uma reestruturação do Largo Martim Moniz, a circulação foi extinta, passando a existir apenas uma carreira nº 25. Nesta altura foi suprimido o serviço de eléctricos entre o Martim Moniz, a R. de S. Lázaro, o Campo dos Mártires da Pátria e a Rua Gomes Freire.
Em sua substituição, foi criada uma "nova" carreira 25, que circulou entre o Largo do Corpo Santo e a Rua Gomes Freire (via Conde Barão, Santos, Lapa, Estrela, Campo de Ourique, Amoreiras, Rato, R. Alexandre Herculano e Rua Conde de Redondo).
Em 1994 foram retirados os eléctricos das Ruas Alexandre Herculano, Conde de Redondo e Gomes Freire, levando à extinção da carreira 20, ao desvio da Carreira 24 para o Cais do Sodré e da carreira 25 para o Largo do Carmo (via Rato e Príncipe Real).
Em 1995, foi extinto "provisoriamente" (até hoje...) o serviço de eléctricos no eixo Cais do Sodré - Rato - Amoreiras - Campolide, e em definitivo o eixo Amoreiras - Campo de Ourique. Em consequência, a carreira 25 foi desviada para a Parada dos Prazeres, onde passou a partilhar o terminal com a carreira 28.
Por fim, em 1996, verificou-se o prolongamento até à Rua da Alfândega, que vigora até à data.

CCFL - O eléctrico 24

A carreira de eléctricos nº 24 foi inaugurada em 1907, circulando entre o Largo do Carmo e Campolide.
Em 1942, foi prolongada à Av. Almirante Reis (Praça do Chile). Em 1974, em consequência da fusão com a carreira 21, foi prolongada até à Rua da Alfândega, tendo mantido este percurso até 1991.
Em 1991, foi encurtada ao Alto de S. João, inaugurando-se uma nova carreira - a nº 23 - entre a Praça do Chile e a Rua da Alfândega. Em 1994, o seu percurso foi desviado do Largo do Carmo para o Cais do Sodré, tendo sido suprimida "provisoriamente" em 1995.

Este era o percurso da carreira: Largo do Carmo, Rua Nova da Trindade, Largo Trindade Coelho, Rua de S. Pedro de Alcântara, Rua D. Pedro V, Praça do Príncipe Real, Rua da Escola Politécnica, Largo do Rato, Rua das Amoreiras*, Rua de Campolide* (a partir de 1968, o percurso passou a ser: Rua das Amoreiras, Av. Conselheiro Fernando de Sousa, Rua Marquês de Fronteira, S.Sebastião, Av. Duque de Ávila, Arco do Cego, Av. Rovisco Pais, Av. Manuel da Maia, R. António Pereira Carrilho, Praça do Chile, Rua Morais Soares, Praça Paiva Couceiro, Alto de S. João, Av. Afonso III, Calçada da Cruz da Pedra, R. Santa Apolónia, R. Bica do Sapato, Estação de Santa Apolónia, R. Jardim do Tabaco, R. Terreiro do Trigo, R. Cais de Santarém, Campo das Cebolas, Rua da Alfândega.


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Colisão na Abela (Linha de Sines) em 14 de Maio de 2003

No dia 14 de Maio de 2003, ocorreu uma colisão entre dois comboios, perto do apeadeiro de Abela, na Linha de Sines. Um carvoeiro, liderado pela locomotiva eléctrica 5624 colidiu com um outro comboio, liderado pela locomotiva diesel 1561. Os dois tripulantes da locomotiva 5624 perderam a vida neste acidente.




fonte: facebook (e José Sousa)








fonte: facebook





Nota 1: este blog não representa qualquer organização, empresa ou tendência ferroviária. É apenas e só um espaço de opinião.
Nota 2: as fotos que ilustram este artigo estão identificadas com o nome do autor e quando aplicável, com a referência onde foram encontradas.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Metro de Lisboa - acidente na estação Aeroporto (29/07/2014)




Descarrilamento de composição do Metro de Lisboa fere maquinista

Comboio, que já não transportava passageiros, "não conseguiu parar a tempo e embateu na parede". 29-07-2014 15:10

O descarrilamento de uma composição do Metro de Lisboa que estava a fazer inversão de marcha na estação do aeroporto, num dos extremos da Linha Vermelha, provocou esta terça-feira ferimentos no maquinista.
O comboio, que já não transportava passageiros, "não conseguiu parar a tempo e embateu na parede", disse fonte policial à Lusa.
De acordo com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), o alerta foi dado às 12h38 e o acidente provocou um ferido ligeiro, um homem de 42 anos, "com suspeita de fractura num punho e diversas escoriações". O homem foi levado para o Hospital de São José.
No local estiveram uma ambulância e uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER) do INEM, bem como, segundo fonte dos Sapadores Bombeiros de Lisboa, três viaturas deste regimento com 10 operacionais.
O alerta foi recebido pelos Sapadores às 12h47. A Linha Vermelha foi encerrada entre as estações de Moscavide e aeroporto, na sequência do descarrilamento. Reabriu pelas 16h00.
Contactado pela Renascença sobre o acidente desta terça-feira na estação do aeroporto, a Metro de Lisboa remeteu esclarecimentos para uma nota a divulgar em breve.

Nos últimos meses, o Metro de Lisboa tem vindo a ser alvo de notícias sobre alegados problemas de segurança.

Em Fevereiro, a Renascença revelou o caso de um descarrilamento numa zona reservada da estação do Campo Grande, motivado por uma falha de travões.

Depois disso, foram noticiadas falhas no sistema de combate a incêndios, situações que a empresa considerou falaciosas e injustificadamente alarmantes. Em Junho, a Renascença noticiou que a empresa Metro de Lisboa fiscaliza-se a si própria.
fonte: RR




--------------

Maquinista do metro de Lisboa cuspido em acidente na linha vermelha

Por Carlos Diogo Santos
publicado em 29 Jul 2014 - 14:41

As causas do acidente são ainda desconhecidas
Um comboio do metro de Lisboa não conseguiu parar esta manhã antes de embater contra a parede do cais de manobra na estação terminal do Aeroporto de Lisboa. O acidente aconteceu logo após os passageiros terem saído da estação.

O i sabe que o maquinista foi cuspido e ficou com ferimentos graves, tendo sido já transportado pelo INEM para o Hospital de São José.

O acidente destruiu grande parte da carruagem e as autoridades presentes no local confirmaram que dificilmente a máquina poderá voltar a circular. O i sabe ainda que o maquinista já trabalha na empresa há vários anos, sendo considerado um profissional experiente. As causas do acidente não são ainda conhecidas.

O embate obrigou à interrupção da circulação na linha vermelha, sobretudo entre Moscavide e Aeroporto.

O i tentou entrar em contacto com o gabinete de comunicação do Metropolitano de Lisboa, que emitiu, entretanto, um comunicado a esclarecer o que aconteceu. Segundo a empresa,  registou-se "um incidente com um comboio, hoje às 12h33, na execução de uma manobra no término  da Estação do Aeroporto, na Linha Vermelha. O comboio encontrava-se em zona de manobra pelo que não levava passageiros".

Investigação i

O i noticiou em Maio deste ano que o metro de Lisboa estava há dois anos sem travões de emergência em todos os seus comboios. Em causa estava uma falha nos freios electromagnéticos que foi detectada em 2012 e que obrigou a que a empresa desactivasse este sistema de travagem.

Na altura, o i revelou que esse foi aliás um dos motivos que levou à redução global da velocidade nos túneis de 60 para 45 km/h. Fontes ligadas ao sector ferroviário garantiram que, nessas condições, se à saída do túnel, o maquinista tiver necessidade de imobilizar o comboio não conseguiria fazê-lo sem que três carruagens entrem na estação.

Entretanto o Metro de Lisboa garantiu ao i que já activou os travões electromagnéticos em alguns comboios, desconhecendo-se, por enquanto, se esta máquina já havia sido intervencionada ou não.

fonte: i

--------------
 
O comunicado do ML:
"O Metropolitano de Lisboa (ML) confirma a ocorrência de um incidente com um comboio, hoje às 12:33h, na execução de uma manobra no término  da Estação do Aeroporto, na Linha Vermelha. O comboio encontrava-se em zona de manobra pelo que não levava passageiros.

Deste acidente resultou o ferimento do maquinista da composição.

Trata-se de uma situação que não poderia ocorrer em exploração, uma vez que os sistemas e normas de segurança em exploração não o permitiriam e o sistema de travagem atuaria de imediato. Mais se informa que o comboio em questão já tinha ativo o sistema de freios eletromagnéticos.

Neste momento, a nossa maior preocupação recai em prestar todo o apoio que se vier a afigurar necessário ao maquinista ferido e à sua família, sendo que o  ML já abriu um inquérito para apurar as causas deste acidente.

Prevê-se que a circulação seja reposta na totalidade da linha Vermelha por volta das 16:15h.

Lisboa, 29 de julho de 2014". 
 
 

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Linha de Cascais - Ensaios de material circulante

A CP e a REFER realizaram, na estação de Santos (Linha de Cascais) alguns ensaios com uma UQE da série 3500, idêntica às unidades que a Fertagus utiliza entre Setúbal e Lisboa. Estes ensaios, entre outras coisas, destinaram-se a verificar distâncias entre a unidade e o cais. As imagens que se seguem, oriundas das redes sociais, ilustram o momento raro da passagem de uma UTE 3500 pela Linha de Cascais.

fonte: facebook

fonte: facebook

Alguns comentaristas já vaticinam a vinda do mais diverso material circulante para a Linha de Cascais ... como não possuo informação privilegiada, limito-me a aplaudir estes ensaios, mantendo a esperança de que, em breve, a Linha de Cascais deixe de ser uma ilha, isto é, que a tensão de serviço seja convertida para 25kV, de forma a que ali possam ser utilizadas as unidades das linhas de Sintra (séries 2300, 2400 e 3500) ou dos suburbanos do Porto (série 3400).



 

domingo, 13 de julho de 2014

CGTP alugou comboio Porto-Lisboa para mil manifestantes

É caso para dizer "até que enfim, deixaram de dar dinheiro aos transportadores privados (leia-se grupos Barraqueiro, Arriva, etc etc) para contribuir para os lucros da CP!"

"Cerca de mil pessoas saíram do Porto de comboio na quinta-feira para protestar contra as políticas do Governo liderado por Passos Coelho. A CGTP fretou um comboio “especial” à CP para levar os manifestantes do norte às ruas da capital, mas recusou prestar mais esclarecimentos sobre o preço e o decorrer da viagem ao Observador.

Uma viagem num comboio intercidades que parte da estação de Porto – Campanhã com destino a Lisboa – Santa Apolónia, custa 24,30 euros, em segunda classe. Em primeira, custa 35,90 euros. Se multiplicarmos este valor por mil, totaliza 24.300 euros e 35.900 euros.

A manifestação promovida pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) decorreu na quinta-feira, 10 de julho, em Lisboa. Os números avançados pela central sindical apontam para uma adesão de 40 mil pessoas, num balanço que Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP considerou “extremamente importante e positivo”, refere a agência Lusa.

A ação de protesto juntou milhares de trabalhadores descontentes com as alterações ao Código de Trabalho, que foram aprovadas na quinta-feira no Parlamento. No final da manifestação, Arménio Carlos referiu, junto à Assembleia da República, que é preciso que se lute, nos locais de trabalho, para “pôr um travão nas intenções de Passos Coelho e Portas.

“Uma luta que é não só dos trabalhadores do setor privado, público e das empresas do setor empresarial do Estado, mas também de todos os homens e mulheres que defendem um futuro de desenvolvimento e de harmonização social”, referiu, no final da manifestação.

Em causa, estão as propostas de lei que foram aprovadas na quinta-feira pela maioria PSD/CDS-PP na Assembleia da República. No dia 25 de julho, há nova manifestação para protestar contra os cortes salariais na função pública.

No final da ação de protesto de quinta-feira, Arménio Carlos referiu que os portugueses “sentem cada vez mais vazios e nos meses cada vez mais longos o efeito da sua política, traduzida também em menos e mais caros serviços públicos”.

O prolongamento do período para a redução do pagamento do trabalho extraordinário ou a redução dos prazos de caducidade e de sobrevigência das convenções coletivas de trabalho são algumas das medidas incluidas nas propostas de lei, que estiveram no centro dos protestos.

Carlos Arménio afirmou que a contratação coletiva “é um instrumento de harmonização” e que está convicto de que “ os trabalhadores nos locais de trabalho não vão baixar os braços em defesa dos seus direitos”, avançou a Lusa.
"
in http://observador.pt/2014/07/11/cgtp-alugou-comboio-porto-lisboa-para-mil-manifestantes/

domingo, 6 de julho de 2014

Ramal do Montijo - um pouco de história

O Ramal do Montijo, que originalmente se chamava por “Aldeagalega” (pronúncia alentejana) ou “Ramal de Aldeia Galega”, foi um troço ferroviário, em bitola ibérica, que ligava o Pinhal Novo ao Montijo; tendo sido inaugurado no ano de 1908 e encerrado em 1989.

A via, partindo de Pinhal Novo, tomava a direção noroeste, contornando o limite urbanizado e, depois de descrever uma acentuada curva para norte e nordeste, seguia paralelamente à Rua Primeiro de Maio (nome atual) e à Estrada Nacional 252 (EN252), fletindo para noroeste já para lá da Jardia. Entrava na atual Montijo seguindo em paralelo a Rua Vasco da Gama, virando depois para oeste até atingir a estação ferroviária.

O ramal foi utilizado por composições de mercadorias para transporte de gado – essencialmente suíno – até à Estação do Montijo. A partir de 30 de Maio de 1933, a então “Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses” passou a transportar os passageiros por autocarros, ficando assim apenas duas composições diárias de mercadorias.

Os primeiros planos para a construção do Caminho de Ferro do Sul – que faria a ligação entre a margem sul do Tejo e o Alentejo – previam que o terminal ferroviário, com ligação fluvial a Lisboa, seria instalado na localidade de Aldeia Galega do Ribatejo (a cidade do Montijo dos nossos dias); porém, e dadas as dificuldades técnicas criadas na construção do cais fluvial, o início da ligação ferroviária ao Alentejo foi mudado para a cidade do Barreiro, cujas condições seriam mais favoráveis.

Este ramal ferroviário foi construído num regime especial, sem recorrer ao Fundo Especial de Caminhos de Ferro (FECF), órgão governamental que tinha como finalidade o financiamento de obras ferroviárias. Em vez disto, foi a própria autarquia (Câmara Municipal de Aldeia Galega) que solicitou um empréstimo para o projeto, sendo autorizada a tal por decreto de 07 de Junho de 1907. O montante em causa foi de 83.000$000 (moeda oficial da altura), com juro de 7,5%, destinado unicamente à construção, tendo a edilidade acordado em pagar a diferença entre o rendimento bruto anual do ramal – incluindo impostos – e o valor dos juros e respetivas amortizações.

A inauguração oficial deste segmento ferroviária aconteceu a 04 de Outubro de 1908, obtendo logo de início muito movimento, pelo que a autarquia pôde pagar na totalidade o empréstimo que foi distratado por um decreto de 01 de Maio de 1911 (ai…como isto me faz lembrar os tempos em que vivo…)

A circulação no ramal foi suspensa no ano de 1989. 
 
As imagens que se seguem ilustram as estações e apeadeiros deste ramal (ou o que sobrou dele).
 
- Estação do Montijo
 
 
comentário do autor: "Estação do Montijo, 2009.05.05"


 
 
- Apeadeiro de Sarilhos
comentário do autor: "Paragem de Sarilhos, 2006.03.11"


 
 
- Apeadeiro da Jardia
comentário do autor "Paragem de Jardia, 2006.03.11"


Nota 1: este blog não representa qualquer organização, empresa ou tendência ferroviária. É apenas e só um espaço de opinião.
Nota 2: as fotos que ilustram este artigo estão identificadas com o nome do autor e quando aplicável, com a referência onde foram encontradas.