Fez ontem 58 anos que ocorreu na Linha do Sul, entre Pereiras e Sabóia, o acidente ferroviário mais grave até essa data (13/09/1954).
O comboio semi-directo, também conhecido como "Rápido do Algarve", constituído pela locomotiva, furgão, três carruagens de 3ª classe, restaurante e duas carruagens de 1ª classe, partira de Vila Real de Santo António às 13h16, tendo hora prevista de chegada ao Barreiro às 20h36.
O comboio semi-directo, também conhecido como "Rápido do Algarve", constituído pela locomotiva, furgão, três carruagens de 3ª classe, restaurante e duas carruagens de 1ª classe, partira de Vila Real de Santo António às 13h16, tendo hora prevista de chegada ao Barreiro às 20h36.
Cerca das 16h30, entre as estações de Pereiras e de Santa Clara – Sabóia, no sítio das Covas (Km 261,427), a máquina “descarrilou arrastando o furgão e as duas carruagens de terceira classe imediatas. A segunda carruagem, entrando pela primeira, cortou-a completamente ao meio, galgando ambas uma barreira de mais de três metros de altura. Em baixo, estendia-se uma grande vala, com 10 a 12 metros, onde mais tarde, foram encontrados cadáveres, para ali projectados”. Foi desta forma que o jornal “O Século” descreveu o acidente.
Numa época em que as comunicações eram difíceis, os meios de socorro demoraram algumas horas a chegar ao local. O número exacto de vitimas mortais e de feridos nunca foi conhecido, graças ao poder oculto da censura.
No relatório do inquérito ao acidente (publicado na Gazeta dos Caminhos de Ferro) pode ler-se que o acidente ficou a dever-se a "uma conjugação momentânea de vários factores”, principalmente, “ao chanfro da cabeça do carril ter atingido um limite perigoso e ao facto do verdugo do aro da roda dianteira direita do bogie ter um desgaste muito acentuado”, a que se juntou a velocidade de circulação próxima do limite máximo (60 km/h), as irregularidades da curva, oscilações anormais do material circulante, entre outros."
No relatório do inquérito ao acidente (publicado na Gazeta dos Caminhos de Ferro) pode ler-se que o acidente ficou a dever-se a "uma conjugação momentânea de vários factores”, principalmente, “ao chanfro da cabeça do carril ter atingido um limite perigoso e ao facto do verdugo do aro da roda dianteira direita do bogie ter um desgaste muito acentuado”, a que se juntou a velocidade de circulação próxima do limite máximo (60 km/h), as irregularidades da curva, oscilações anormais do material circulante, entre outros."
Nota 1: este blog não representa qualquer organização, empresa ou tendência ferroviária. É apenas e só um espaço de opinião.
Nota 2: as fotos que ilustram este artigo estão identificadas com o nome do autor e quando aplicável, com a referência onde foram encontradas.
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