segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Metro de Lisboa - Sempre em Greve I

O conflito que opõe os trabalhadores e a administração do Metropolitano de Lisboa não tem fim à vista. Segundo um comunicado da FECTRANS, a reunião agendada para 13-01-2014 foi cancelada.

Este impasse interessa a todos:
- a empresa não tem despesas de operação, nomeadamente energia eléctrica e salários;
- os trabalhadores não recebem pela empresa, mas o seu sindicato compensa-os, não perdendo assim um único cêntimo nos dias de greve.

... excepto aos clientes que vão continuar a ser prejudicados com as greves, tendo como única alternativa os autocarros da Carris, manifestamente insuficientes para transportar todos os trabalhadores e estudantes que dependem do transporte público para chegar a horas aos seus destinos.

Perante este impasse, é de esperar que as greves parciais passem a totais (24 horas) e que os dias de greve se mantenham ao ritmo de, pelo menos, um por semana.

Próximas paralizações:
16-01-2014 - greve das 05:30 às 09:30 - fonte FECTRANS Diário Digital ML  
23-01-2014 - greve das 05:30 às 09:30 - fonte FECTRANS RR SIC DD
27-01-2014 - plenário de trabalhadores na estação Saldanha - fonte FECTRANS 

(actualização) Comunicado sobre o plenário de dia 27-01 - FECTRANS

02-02-2014 (dia de luta do sector ferroviário - data a confirmar)

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa (ML) estão em luta contra o governo e a administração da empresa. No entanto, a forma de luta encontrada - greve - só afecta os clientes diários deste meio de transporte, que por teimosia ou por não terem outra alternativa, insistem em viajar no ML. Segundo números da empresa, são transportadas por dia cerca de 500.000 pessoas (5% da população nacional).

É óbvio que a greve faz parte da agenda política da CGTP, tendo o sector empresarial do estado um manancial quase inesgotável para esta forma de luta.

No entanto, no ML existem algumas particularidades que fazem com que a greve seja tão banalizada. Com a rede fechada, não se sabe muito bem qual a adesão à greve. Hipoteticamente, podem estar de greve os funcionários cujo sindicato lhes paga o dia de greve. Neste caso, nada perdem .... ninguém perde, excepto o cliente.

Sendo assim, é óbvio que as greves interessam aos funcionários do ML .... sempre são umas horas/dias sem nada fazer, isto é, sem clientes para transportar.


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Actualização:
O Movimento dos Utentes do Metropolitano de Lisboa exigiu hoje transportes alternativos gratuitos nos dias de greve no metro, afirmando que é "uma grande injustiça" ter de pagar outro transporte.
"Os únicos que são prejudicados com as greves são os passageiros. A empresa paga menos salários, tem menos desgaste com a manutenção e gasta menos energia", afirmou Aristides Teixeira.  O porta-voz frisou ainda que o metro foi a transportadora que "mais paralisou em 2013 e promete em 2014 bater esse recorde".

No ano passado, os trabalhadores do metro fizeram quatro greves de 24 horas e sete paralisações parciais contra o Orçamento do Estado e a concessão da empresa  a privados.  Desde a semana passada que os trabalhadores têm em curso uma jornada de luta que passa por uma greve parcial por semana, por tempo indeterminado. Essa jornada de luta foi iniciada no dia 9. Na quinta-feira realiza-se nova greve parcial e já está marcada outra para dia 23.
 

fonte: SIC

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Lojistas. Greves no metro de Lisboa prejudicam negócio nas estações

No ano passado, os trabalhadores do metro fizeram quatro greves de 24 horas e sete parciais contra o Orçamento do Estado e a concessão da empresa a privados
A um dia de nova greve parcial dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, os lojistas que trabalham dentro das estações do metro dizem-se “muito prejudicados” com as paralisações e apontam perdas que chegam a 500 euros por dia.

É o caso da tabacaria onde trabalha o indiano Anand Ramgi, na estação do Marquês de Pombal, cujo período de maior faturação é entre as 07:00 e as 10:00: o mesmo para o qual são convocadas as greves parciais.
“Perdemos muito nos dias de greve. Perdemos entre 400 a 500 euros”, disse Anand Ramgi à agência Lusa.

Já pelas contas de Sandra Nuno, proprietária de seis lojas distribuídas pelas estações do Campo Grande, Jardim Zoológico e Marquês de Pombal, a perda na faturação nos dias de greve parcial situa-se entre os 30% e os 40%.
“Somos muito prejudicados. As lojas abrem às 08:00, mas quando há greves parciais não podemos abrir antes de o metro começar a funcionar. O nosso forte são a manhã, hora de almoço e fim da tarde. Perdemos a manhã”, lamentou, acrescentando que piores são, ainda, as greves de 24 horas, que classificou como “catastróficas” para o negócio.
Ana Grosso, funcionária de uma loja de roupa na estação do Jardim Zoológico disse à Lusa que, mesmo quando as greves são parciais, há menos clientes todo o dia porque “optam pelo transporte próprio ou por autocarros e já não vêm ao metro”.

“Os trabalhadores do metro estão no seu direito, mas prejudicam quem compra o passe e quem trabalha nas estações”, afirmou.
Para Marisa Araújo, que trabalha numa loja de roupa e sapatos na estação do Colégio Militar, a concessão do metro a privados pode ser a solução: “Nunca mais privatizam o metro. Se [os funcionários do metro] trabalhassem no privado, davam valor ao que têm”, desabafou.
As funcionárias do único café daquela estação, Paula Pouseiro e Selma Cardoso, disseram à Lusa que fazem por dia cerca de 300 euros e, em dias de greve, “não chega nem a 100”.

“Ainda vão acabar com o negócio", disseram. 

fonte: iOnline


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