Locomotiva Diesel 1962 + 10 vagões de transporte de cimento RLPS | CP Carga, SA
Nos últimos tempos temos assistido a uma diminuição do tráfego ferroviário de mercadorias. Esta diminuição pode ser provocada por diversos factores. Vou, neste artigo, tentar elencar alguns desses factores.
1 - idade do material motor: já por aqui tinha escrito sobre as constantes avarias de material motor da CP Carga. Numa frota com mais de 30 anos (as locomotivas diesel das séries 1900/30 foram adquiridas no inicio dos anos 80 do século passado) é perfeitamente aceitável que o material tenha problemas, principalmente quando as rotações são apertadas, isto é, o intervalo entre dois serviços é reduzido e o tempo de "oficina" reduzido ao mínimo indispensável.
Neste cenário, qualquer pequena avaria de uma das locomotivas das séries 1900/30 que ainda estão ao serviço provoca um efeito dominó, afectando vários tráfegos e serviços.
As locomotivas das séries 1400 e 1960 vão dando uma ajuda, principalmente a norte, mas não chegam para todos os socorros.
2 - greves: é também perfeitamente aceitável que os clientes se fartem de tanto atraso e supressão provocados pelas sucessivas e continuas greves dos "maquinistas e afins" e procurem outras alternativas mais fiáveis, como a rodovia ou a Takargo. No entanto, tendo em conta que não se vê a Takargo a efectuar novos tráfegos, devo concluir que "o que não é transportado por comboio, vai agora pela rodovia" (é necessário rentabilizar o investimento em autoestradas).
3 - conjuntura económica: estando o país e a Europa a atravessar uma crise económica e financeira é perfeitamente aceitável que as importações e exportações tenham um decréscimo significativo. O melhor indicador é o tráfego de contentores de e para os portos nacionais.
4 - tráfegos pouco interessantes do ponto de vista financeiro: a CP Carga detém (ou detinha) alguns tráfegos muito pouco interessantes do ponto de vista financeiro - era frequente ver um comboio de mercadorias com meia dúzia de vagões ....
Então que futuro terá o transporte ferroviário de mercadorias? É difícil fazer previsões, mas tendo em conta que muitos comboios foram suprimidos ou simplesmente desapareceram ....
A imagem que ilustra este artigo e que é da autoria de Jorge Lopes, ilustra um comboio de cimento que circula entre Gaia e Pocinho. O Douro é sem dúvida alguma a mais bela linha ferroviária nacional. É pena que em breve não seja possível fazer uma foto como esta.
Nota 1: este blog não representa qualquer organização, empresa ou tendência ferroviária. É apenas e só um espaço de opinião.
Nota 2: as fotos que ilustram este artigo estão identificadas com o nome do autor e quando aplicável, com a referência onde foram encontradas.
1 - idade do material motor: já por aqui tinha escrito sobre as constantes avarias de material motor da CP Carga. Numa frota com mais de 30 anos (as locomotivas diesel das séries 1900/30 foram adquiridas no inicio dos anos 80 do século passado) é perfeitamente aceitável que o material tenha problemas, principalmente quando as rotações são apertadas, isto é, o intervalo entre dois serviços é reduzido e o tempo de "oficina" reduzido ao mínimo indispensável.
Neste cenário, qualquer pequena avaria de uma das locomotivas das séries 1900/30 que ainda estão ao serviço provoca um efeito dominó, afectando vários tráfegos e serviços.
As locomotivas das séries 1400 e 1960 vão dando uma ajuda, principalmente a norte, mas não chegam para todos os socorros.
2 - greves: é também perfeitamente aceitável que os clientes se fartem de tanto atraso e supressão provocados pelas sucessivas e continuas greves dos "maquinistas e afins" e procurem outras alternativas mais fiáveis, como a rodovia ou a Takargo. No entanto, tendo em conta que não se vê a Takargo a efectuar novos tráfegos, devo concluir que "o que não é transportado por comboio, vai agora pela rodovia" (é necessário rentabilizar o investimento em autoestradas).
3 - conjuntura económica: estando o país e a Europa a atravessar uma crise económica e financeira é perfeitamente aceitável que as importações e exportações tenham um decréscimo significativo. O melhor indicador é o tráfego de contentores de e para os portos nacionais.
4 - tráfegos pouco interessantes do ponto de vista financeiro: a CP Carga detém (ou detinha) alguns tráfegos muito pouco interessantes do ponto de vista financeiro - era frequente ver um comboio de mercadorias com meia dúzia de vagões ....
Então que futuro terá o transporte ferroviário de mercadorias? É difícil fazer previsões, mas tendo em conta que muitos comboios foram suprimidos ou simplesmente desapareceram ....
A imagem que ilustra este artigo e que é da autoria de Jorge Lopes, ilustra um comboio de cimento que circula entre Gaia e Pocinho. O Douro é sem dúvida alguma a mais bela linha ferroviária nacional. É pena que em breve não seja possível fazer uma foto como esta.
Nota 1: este blog não representa qualquer organização, empresa ou tendência ferroviária. É apenas e só um espaço de opinião.
Nota 2: as fotos que ilustram este artigo estão identificadas com o nome do autor e quando aplicável, com a referência onde foram encontradas.
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