quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Continental Rail transporta contentores entre Tuy e Leixões

Hoje, pela segunda semana consecutiva, uma locomotiva da Continental Rail assegurou o transporte de Contentores entre Tuy (Espanha) e o Porto de Leixões.

A imagem seguinte (autor Valdemar Rodrigues Pereira via facebook.com) ilustra esta circulação.

 

 

O Tiago Cunha fotografou esta composição à passagem pela estação de Lousado:

A locomotiva 5022 da Continental Rail com a segunda marcha de contentores de Tuy para Leixões, um serviço com potencial para se tornar regular.
Lousado, 21/01/2021

https://www.flickr.com/photos/188601392@N03/50858251983

 


 



sábado, 18 de abril de 2020

Linha do Tua - Que Futuro? (I)

As imagens seguintes ilustram um passado recente que muito provavelmente não se repetirá. A passagem de nível da estação de Mirandela ainda existe, mas já não está guarnecida, nem vê passar comboios ... infelizmente.

fonte: flickr (1995)

fonte: flickr (1995)



A linha do Tua ligava a estação do Tua (na Linha do Douro) a Bragança. Encerrou a norte de Mirandela, encerrou entre Tua e Mirandela e agora encerrou de vez. Aguarda que as obras de reabilitação da via terminem. Depois disso ... depois disso ninguém sabe o que se irá passar. O comboio "da Disney" não será certamente para servir as populações que residem perto dos apeadeiros, entre Brunheda e Mirandela.

Nota 1: este blog não representa qualquer organização, empresa ou tendência ferroviária. É apenas e só um espaço de opinião.
Nota 2: as fotos que ilustram este artigo estão identificadas com o nome do autor e quando aplicável, com a referência onde foram encontradas.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

O comboio académico Castelo Branco - Covilhã - Porto

O comboio académico Castelo Branco - Covilhã - Porto



Fiais da Telha (Linha da Beira Alta), 2 de Maio de 1997
2563 com o efémero Comboio Académico (primeiro como Covilhã - Porto Campanhã, depois como Castelo Branco - Porto Campanhã)
Fotografia de Maarten van der Velden



A história do comboio Académico Covilhã - Porto - Covilhã, que tinha lugar aos fins de semana, resultou de um diálogo, por parte do Grupo de Amigos da Linha da Beira Baixa - "O 6 de Setembro" com a CP, que tinha já cerca de um ano, quando o projecto foi interiorizado pela própria CP.

No início dos anos 90 a Covilhã era servida, em cada sentido, por dois Intercidades para Lisboa, de conforto indiscutível,para os standards da altura, apesar da linha até Vale de Prazeres estar num estado miserável. A electrificação entre o Entroncamento e a Central do Pego estava em curso bem como na restante linha. Mas tardava... E a modernização do Sul e do Minho poderia relegar a Beira Baixa para um futuro mais longínquo.

A norte surgia um outro paradigma: a Linha da Beira Alta, já renovada e electrificada, ficava a uma longa hora de distância pois a velocidade não excedia os 40 kms/h (20km/h nas pontes). E este facto era o grande mal que enfranquecia a luta nessa grande batalha que eram as ligações ao Porto e a Coimbra.

Neste sentido, e talvez como forma de reabilitar os laços com o norte, a criação do Comboio Académico que deve a sua génese inteiramente ao "O 6 de Setembro", veio (re-)estabelecer uma ligação semanal Covilhã - Porto (Sextas Feiras no sentido ascendente e Domingos no sentido inverso), pela Beira Alta, com inversão do sentido da marcha na Pampilhosa, especialmente dirigida aos estudantes universitários. O serviço era efectuado apenas durante o período lectivo e era efetuado integralmente por carruagens clássicas Sorefame de primeira classe, que outrora fizeram os Rápidos Lisboa - Porto, posteriormente substituídos pelos Alfa. Tinha serviço de bar e de refeições ligeiras, servidas na carruagem Bar/Restaurante Carel Et Fauché. O preço do bilhete Covilhã - Porto era de 1400$00 havendo desconto de 10% nos bilhetes de ida e volta.












in https://guardafreio.blogspot.com/2016/02/o-comboio-academico.html

fonte: http://www.urbi.ubi.pt/000321/edicao/ubi_combac.html 
e http://www.mat.uc.pt/~cmf/beiras/beiras26.html

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Locomotivas Diesel CP Série 1400 (revisitadas)

Aproveitando a série de fotos que o entusiasta Andrew Donnelly tem publicado no seu facebook, revisito as locomotivas Diesel CP da Série 1400. Os artigos já publicados podem ser encontrados em Locomotivas Diesel CP Série 1400 (1ª Parte) e Locomotivas Diesel CP Série 1400 (2ª Parte). Esta série de locomotivas circulou (e circula) um pouco por toda a rede, tendo efectuado inúmeros comboios do PTG.

comentário do autor: "1466 a partir de Ermesinde, 19 Junho 1997 com o 17h40 Porto SB-Marco de Canaveses. Um cena ligeiramente diferente hoje em dia..."



comentário do autor: "Junho 27, 1997 e a 1467 estava a sair de Contumil com uma marcha para Campanhã com a 1405 na cauda."

comentário do autor: "Power! 1461 a partir de Campanhã com uma marcha de Contumil para São Bento, 18 de Agosto 1998."
comentário do autor: "1451, Viana, 7 Janeiro 1999. Mudou alguma coisa?"
comentário do autor: "1454 & 1440, 24 Março 2001, mas onde? (Viana do Castelo)"
comentário do autor: "Deve ser cerca das 08h00 no dia 5 de Maio 2001 e o 06h05 Viana de Castelo-Porto São Bento está a chegar à Campanha com a 1452."

comentário do autor: "1448 e 1445, Portela, 11 Maio 2001, durante as obras de electrificação até Braga."


 comentário do autor: "As twins de Takargo, 1445 & 1449, 7 Junho 2001, a chegar à Campanha, numa cena que mudou bastante nos ultimos anos."
comentário do autor: "Não me lembro onde é (Ermesinde), mas 1445 com o 17h55 Porto São Bento-Marco de Canaveses no 20 de Agosto 2001."

comentário do autor: "21 de Outubro 2001. A proxima partida na linha 8 é para Cascais... Nota alguma coisa diferente com a 1450 e 1467? Tiverem de ser preparadas especialmente para a volta à Cascais... / Fizemos manobras em Alcantara Terra com a 1450 posicionada na cauda. Fomos a Cascais, regresso ao Cais de Sodre, Alcantara Mar/docas e depois Alcantara Terra novamente."
comentário do autor: "1453, Livração, 23 Junho 2003, 16h54 Regua-Porto SB."

comentário do autor: "1449, São Martinho de Campo, 10 Agosto 2003, marcha Contumil-Pocinho."

comentário do autor: " 1453 no 14h50 Porto-Regua"




comentário do autor: "Monte Abraão no dia 14 de Agosto 2003, 1460 e 1461 com mercadorias para o oeste... Neste dia, venha de Gaia ate Alfarelos com a 2624, 2072 ate Lares, 0304 para Caldas, 1412 para Cacem, uma ide e volta a Malveira com a 1428 e 0611 e depois Cacem para Monte Abraão com 2332/2401 e a 3522 ate Oriente. O regresso era com a 1903 no IC de Oeste até Leiria, 0601 até Lares, 2054 e 2063 ate Coimbra e finalmente, a 4010 ate Gaia."
comentário do autor: "Agosto 23, 2003 e acabei de fazer a viagem desde Porto até Ferrão no 12h35 Porto SB-Pocinho. Era 1406 e 1445 em multipla até Regua, e a 1445 sozinha depois de ai. Logo que o comboio parou em Ferrão, saiu a correr mais para frente do comboio, subiu um monte de travessas e preparar a maquina para tirar o arranque de 1445..."

comentário do autor: "The killer of weeds... 1444, Torre das Vargens, 11 Nov 2003."


comentário do autor: "Uma foto irónica... 1465 e 1805 em Santa Apalonia, 31 Janeiro 2004, antes de.... Piff."



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Nota 2: as fotos que ilustram este artigo estão identificadas com o nome do autor e quando aplicável, com a referência onde foram encontradas.

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Acidente na Estação de Braga (29 Dezembro 1992)

A locomotiva diesel CP 1412 galgou o topo de via e imobilizou-se no exterior da estação de Braga.
Um comboio de mercadorias [transporte de cimento] que seguia da estação de Nine [Famalicão] descarrilou já ao entrar na Estação de Braga, provocando grande aparato, vários feridos e uma vítima mortal, um conhecido engenheiro da cidade de Braga que foi colhido dentro de uma viatura pelo comboio desgovernado.

Foi no dia 29 de dezembro de 1992. O comboio terá ficado sem travões ao entrar na Estação de Braga e acabou por descarrilar, entrando por um movimentado cruzamento onde habitualmente os autocarros descarregavam os passageiros.
in https://semanariov.pt/2018/12/29/foi-ha-26-anos-que-um-comboio-de-mercadorias-matou-na-estacao-de-braga/
Reportagem RTP (Arquivo RTP)





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Descarrilamento na Linha de Leixões (Outubro 1989)

A locomotiva diesel CP 1427 descarrilou na Linha de Leixões (Outubro 1989).


 

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Ex-CP Carga oficializa reforço da frota

A MedLog (ex-CP Carga vai contar com mais quatro locomotivas na sua operação a partir de 2017. O contrato de aluguer operacional de longo prazo das quatro EURO 4000 a diesel foi agora assinado por Carlos Vasconcelos, Presidente do Conselho de Administração, e Bruno Silva, Diretor-Geral, em Madrid, com a empresa Alpha Trains, que as adquire ao fabricante Stadler Rail.

O anúncio de reforço de frota tinha sido feito no dia 16 de Maio, em Lisboa, no momento da apresentação da nova marca, MEDLOG.
As quatro novas locomotivas representam um investimento de cerca de 15 milhões de euros.
De acordo com Carlos Vasconcelos, este passo “está em linha com a nossa estratégia de expansão da actividade. Sendo locomotivas interoperáveis, será possível não só realizar comboios em Portugal como entre Portugal e Espanha, sem ter de mudar de tracção e, por isso, acreditamos que farão a diferença nos serviços que prestamos aos nossos clientes.”
A MedLog terá, a partir de início do próximo ano, uma frota de 68 locomotivas.
in http://www.oje.pt/ex-cp-carga-oficializa-reforco-da-frota/

fonte: http://www.railpictures.net/photo/555123/
 

Vapor volta à Linha de Leixões (ensaio/formação locomotiva a vapor 0186)

fonte: https://www.flickr.com/photos/96929214@N03/27176297041/

Recordo que o comboio histórico regressa ao Douro no próximo dia 04 de Junho. Estas marchas entre Contumil e Leixões destinaram-se a ensaios e formação.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Histórica locomotiva a vapor regressa ao Douro

fonte: http://www.railpictures.net/viewphoto.php?id=287351



A CP arranca a 04 de Junho com as viagens de comboio histórico no Douro, uma campanha marcada pelo regresso da locomotiva a vapor que foi alvo de uma “intervenção inovadora” para substituir o carvão pelo diesel.

Fonte da empresa disse hoje à agência Lusa que serão realizadas 40 viagens até 22 de Outubro, com partida da estação de Peso da Régua, distrito de Vila Real.

O programa do comboio histórico na linha do Douro arrancou no final da década de 90 com uma composição constituída pela locomotiva a vapor 0186, construída em 1925 pela Henschel & Son, e por cinco carruagens antigas em madeira.

Em 2013, a CP procedeu a um conjunto de alterações à locomotiva a vapor com o objectivo de tornar o “comboio mais eficiente do ponto de vista operacional e energético” e mais “sustentável economicamente”.

A empresa explicou que a histórica locomotiva foi alvo de uma “inovadora intervenção” de forma a “substituir a anterior logística implicada (escolha do carvão, seu armazenamento, carregamento e alimentação da caldeira), pelo simples abastecimento do diesel”.

A substituição do carvão mineral por diesel obrigou à alteração da caldeira de cobre por outra, construída em aço soldado e que tem capacidade de suportar uma maior intensidade térmica. O restante processo de produção de vapor mantém-se e é utilizado na movimentação da locomotiva.

A CP garantiu que, com esta alteração, a máquina “fica melhor adaptada às exigências energéticas e ambientais do século XXI”, já que os 1500 quilos de carvão que eram consumidos por viagem de ida e volta (Régua-Tua) são substituídos por cerca de 400 litros de gasóleo.

A nova caldeira é uma reprodução da original e permite “um funcionamento da locomotiva com menos fumo, sem cinza e sem riscos de incêndio”.

Os trabalhos de adaptação foram desenvolvidos pela Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), em conjunto com as empresas espanholas especializadas Autalem e ARMF.

Para substituir a máquina a vapor nos últimos anos, a CP recorreu a uma locomotiva diesel da década de 60 para tracionar o comboio histórico.

Apesar disso, este programa tem registado um aumento de passageiros, tendo crescido 83% em 2015.

Em 2014, viajaram no comboio histórico do Douro 6.768 passageiros e 12.412 passageiros em 2015.

A campanha em 2016 dura seis meses e proporciona viagens todos os sábados, entre 04 de Junho e 22 de Outubro, aos domingos entre 03 de Julho e 25 de Setembro, às quartas-feiras de 03 de Agosto a 31 de Agosto e no feriado de 15 de Agosto.

O comboio parte da Régua e segue até ao Tua, concelho de Carrazeda de Ansiães, distrito de Bragança, com vista para o rio Douro e as vinhas em socalco, em pleno Património Mundial da UNESCO.

Durante todo o trajecto, haverá animação, assegurada por um grupo de cantares regionais e ainda um brinde com vinho do Porto.

A primeira paragem é efectuada na estação do Pinhão, onde os passageiros podem ver os 25 painéis de azulejo do edifício principal e ainda visitar a loja Wine House.

in http://viagens.sapo.pt/viajar/viajar-portugal/artigos/historica-locomotiva-a-vapor-regressa-ao-douro

sexta-feira, 13 de maio de 2016

CP prepara plano de contingência para o Verão na linha do Douro (título Jornal Público)

foto: http://www.railpictures.net/viewphoto.php?id=456979




CARLOS CIPRIANO in jornal Público


Atraso na entrega de automotoras espanholas obriga CP a suprimir comboios. Empresa tem vindo a usar autocarros por falta de material circulante.


A falta de material circulante a diesel na linha do Douro tem levado nos últimos dias a CP a suprimir alguns serviços, a substituir comboios por autocarros, ou a aumentar o número de paragens em circulações que eram para ser rápidas. Tudo isto somado com atrasos, numa altura em que a época alta está a começar e a procura por motivos de turismo naquela linha tem vindo a aumentar.

Na origem desta situação está o atraso na entrega de três automotoras alugadas à operadora ferroviária espanhola Renfe, que colocou a CP numa situação dramática na gestão do material circulante no Minho e no Douro. As três automotoras em falta, que só estarão disponíveis em Agosto, virão completar o lote de 20 unidades que a CP alugou à Renfe.

Nesta quinta-feira, a CP anunciou em comunicado que vai reforçar a partir de 15 de Junho o parque de material da Linha do Douro com uma automotora adicional e ainda com uma composição formada por locomotiva e carruagens. Esta última (que tem ainda acoplado um furgão gerador para fornecer energia eléctrica ao sistema de ar condicionado), pode ser aumentada com mais carruagens para responder aos picos de procura dos grupos que sobem o rio de barco e regressam ao Porto de comboio (e vice-versa).

Os grupos têm sido, precisamente, um dos segmentos aos quais a empresa tem tido dificuldade em dar resposta por causa da falta de comboios. Recentemente, uma escola de Barcelos viu recusada pela CP a venda de um bilhete de grupo para 153 alunos com destino a Caldas de Aregos (Resende), tendo o estabelecimento de ensino acabado por recorrer ao transporte por autocarro.

A falta de material circulante e o recurso ao aluguer de automotoras espanholas ocorre depois de décadas em que a empresa vendeu para sucata dezenas de carruagens, locomotivas e automotoras a diesel que desafectou do serviço comercial. À época estes actos de gestão pareciam correctos porque esperava-se que as linhas férreas fossem electrificadas, mas tal não veio a acontecer e a CP ficou sem material que ainda poderia durar mais umas décadas.

Ainda assim, a empresa possui dezenas de carruagem de reserva, que não estão a ser utilizadas e que acabam por se degradar, aumentando os seus custos de recuperação caso sejam chamadas ao serviço. Foi o que aconteceu com o Comboio do Vinho do Porto, composto por carruagens quase panorâmicas destinadas a fazer percursos no Douro e cuja modernização custou um milhão de euros. Hoje este comboio jaz num ramal de Contumil sujeito a vandalização.

A CP não nega estas limitações e diz, no mesmo comunicado, que “recorre diariamente a toda a sua capacidade humana e recursos materiais para ultrapassar as dificuldades e garantir o transporte das populações, ainda que com recurso a soluções que, por vezes, não correspondem às expectativas, nem dos clientes, nem da empresa”.

Outro dos problemas desta linha são as carruagens grafitadas, o que é particularmente grave quando o motivo da viagem é turístico e não se consegue apreciar a paisagem através das janelas cujos vidros estão pintados. Questionada pelo PÚBLICO, a CP diz que “já estão identificados os pontos críticos da infra-estrutura onde estes actos [graffitagem] ocorrem com mais frequência e está-se a procurar formas de reforçar os meios de vigilância dentro das disponibilidades existentes”.

Takargo quer alugar locomotivas que a CP condenou ao abate (título do Jornal Público)

foto: https://www.flickr.com/photos/valeriodossantos/8238709779/


CARLOS CIPRIANO in Jornal Público



Empresa privada quer usar duas máquinas da CP, que já estão desafectadas, para rebocar comboio de jet fuel de Sines para Loulé.

A Takargo, empresa ferroviária de transporte de mercadorias do grupo Mota Engil, quer alugar à CP duas locomotivas eléctricas que já estão desafectadas do serviço comercial. Trata-se de duas máquinas da série 2600 que a transportadora pública deixou de usar porque não ultrapassam os 160 quilómetros por hora (os Intercidades atingem todos 200 quilómetros por hora, com excepção do da Beira Baixa) e porque a empresa, com a privatização da CP Carga, já não faz comboios de mercadorias.

A empresa tem assim encostadas cerca de 20 locomotivas, algumas das quais consideradas reserva e outras a caminho do abate. Mas mesmo as que são reserva, como estão paradas e não costumam circular em operações de manutenção, acabam por se deteriorar ao nível mecânico e eléctrico. E perdem também os certificados de homologação, tornando-se depois dispendioso voltar a certificá-las. O resultado, de acordo com a prática recente da empresa, é o abate para sucata.

Estas locomotivas datam dos anos 70 e 80 e estão aptas a rebocar comboios durante mais duas décadas. Em França circulam ainda cerca de 40 em comboios de passageiros e de mercadorias.

A Takargo, cuja frota é composta unicamente por locomotivas a diesel, quer agora alugar à CP duas máquinas 2600 que pretende afectar ao comboio que transporta o jet fuel para o aeroporto de Faro desde a refinaria de Sines. O percurso até ao Algarve é todo feito em via electrificada.

A utilização destas locomotivas será, contudo, uma gota de água no aproveitamento de material ferroviário em estado de circulação que a CP tem mandado abater. Neste momento, a empresa tem à venda um lote de 91 veículos para transformar em sucata que incluem carruagens e automotoras em estado de marcha, mas que a empresa não necessita para o seu serviço.

Os sucessivos abates de comboios têm, aliás, levantado protestos de alguns entusiastas da ferrovia que, através de petições e em blogues, criticam esta destruição pois consideram alguns veículos património histórico que poderia ser usado em museus ou em comboios turísticos, e porque outros estão em estado de circulação e poderiam ser utilizados após pequenas reparações. A CP, porém, tem 20 automotoras alugadas a Espanha pelas quais paga mais de cinco milhões de euros por ano.

A transportadora pública tem sido pouco transparente nos processos de abate. Em Fevereiro do ano passado, adjudicou à Reciclagem Sucatas Abrantina o abate de 15 automotoras UTD num total de 45 veículos, que foram transformadas em sucata nas oficinas de Guifões (Porto).

Perante a recusa da CP em divulgar o valor dessa venda, o PÚBLICO requereu o acesso ao contrato, tendo a empresa recusado a sua divulgação. Após uma queixa à CADA (Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos), que deu razão ao PÚBLICO por considerar que se tratava de um documento administrativo, a transportadora pública foi adiando a sua entrega o que inviabilizou o recurso ao tribunal em tempo útil.

O PÚBLICO apurou entretanto que cada tonelada de material ferroviário vendida para sucata está estimada em 226 euros, pelo que as 15 automotoras (que pesam 150,7 toneladas cada) abatidas no Porto terão gerado receitas para a CP no valor meio milhão de euros.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Comboio Presidencial na Linha do Douro



Passeio exclusivo no comboio presidencial vai ter almoço preparado pelo restaurante Michelin do Algarve.

Uma viagem de comboio pelo Douro já era bom, mas se a isso juntarmos um almoço preparado por um restaurante com duas estrelas Michelin ainda fica melhor. Entre abril e maio de 2016, o restaurado comboio presidencial vai realizar dez viagens pela linha do Douro onde será servido um almoço preparado por Dieter Koschina, chef do Vila Joya, restaurante com duas estrelas Michelin no Algarve.


As datas ainda não estão definidas, mas as reservas já podem ser feitas no site— há um limite de 60 pessoas por cada dia. O menu de degustação é composto por quatro pratos e é harmonizado com vinhos premiados da Niepoort e Taylors. O preço da viagem é de 350€ por pessoa.


O comboio presidencial sai da estação de São Bento, no Porto, pelas 11h45 e tem como destino a estação do Pinhão, perto de Vila Real. Pelo meio é servido o almoço. Antes do regresso há uma prova de vinhos do Porto na Quinta da Roêda. Na viagem de volta há também oportunidade de experimentar algumas sobremesa do chef Dieter Koschina. A chegada a São Bento está prevista para antes das 19 horas.

O comboio presidencial foi utilizado pelos chefes de estado entre 1910 e 1970. Depois de ter sido restaurado num projeto do Museu Nacional Ferroviário, voltou a circular em 2014 em algumas viagens turísticas. O comboio é composto por seis composições onde se inclui o salão do restaurante e o salão dos ministros, que foram decorados à imagem do que era aquele espaço na década de 70.


in http://www.nit.pt/article/11-12-2015-vila-joya-serve-refeicoes-no-douro

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Comboios de passageiros regressam à linha do Leste mas só ao fim-de-semana (título do jornal Público)



CARLOS CIPRIANO 17/09/2015 - 12:25
Protocolo entre CP e municípios do Alto Alentejo prevê circulações às sextas e domingos entre Entroncamento e Portalegre.

Quase quatro anos depois de ter encerrado o serviço de passageiros na linha do Leste, a CP vai realizar comboios às sextas e domingos entre Entroncamento e Portalegre. O objectivo é servir a mobilidade de fim-de-semana de centenas de estudantes do Politécnico daquela cidade, bem como militares da Escola Prática da GNR e ainda estudantes de Alter do Chão e alunos da escola de pilotos de Ponte de Sôr.

A CP assina nesta sexta-feira um protocolo com municípios do Alto Alentejo no qual se compromete a realizar durante seis meses este serviço de fim-de-semana, que visa sobretudo transportar pessoas para o eixo da linha do Norte a norte do Entroncamento. Em contrapartida, a câmara de Portalegre, cuja estação está longe da cidade, assegura o transporte em autocarro à hora da partida e chegada dos comboios.

O serviço vai vigorar durante seis meses devendo depois ser reavaliado para se saber se vale a pena continuar.

A linha do Leste, entre Entroncamento e Elvas, encerrou ao serviço de passageiros em Janeiro de 2011 por ordem do actual governo, na sequência do PET (Plano Estratégico de Transportes). Na altura a CP dizia que viajavam por ano 28 mil pessoas neste eixo e que tinha um prejuízo anual de 1,2 milhões de euros.

No entanto, apesar do mau serviço, assegurado por automotoras velhas, a linha de Leste constitui uma alternativa para quem de Elvas, Portalegre e Ponte de Sôr pretende viajar para o Centro e Norte do país. De autocarro a viagem é mais cara e mais longa pois a maioria das ligações implica “descer” a Lisboa para mudar de autocarro e depois “subir” para norte.

Foi isto que pensou a câmara de Portalegre e a CCDR do Alentejo quando há um ano e meio contactaram a CP para reatar o serviço de passageiros nesta linha. Com boas ligações no Entroncamento aos intercidades e alfa pendulares para norte, o modo ferroviário pode ser a melhor opção para chegar a Coimbra, Aveiro, ou Porto.

Os horários que estão a ser estudados pela CP prevêm que de Portalegre ao Porto se demore cerca de quatro horas e para Coimbra três. De autocarro demora-se o dobro do tempo. E de carro, podendo ser um pouco mais rápido, é seguramente muito mais caro.

O calcanhar de Aquiles deste novo serviço é o material circulante. A CP só dispõe das velhas automotoras Allan - compradas nos anos 50 e modernizadas nos anos 90, mas já em fim de vida útil – que irão circular em grupos de duas. O objectivo não é tanto aumentar a capacidade de lugares sentados, mas assegurar que, em caso de avaria (que são frequentes), uma possa rebocar ou empurrar a outra.

O arranque do serviço está marcado para 25 de Setembro, já com uma semana de atraso em relação ao inicialmente previsto, a fim de coincidir com o início do ano lectivo.

O caminho mais rápido para Espanha
Construída em 1863 entre Lisboa e Elvas (ainda antes do comboio chegar ao Porto), a linha do Leste foi a primeira ligação ferroviária para Espanha, tendo tido um importante papel no tráfego de mercadorias e de passageiros. Foi durante mais de cem anos a principal via de acesso do Alto Alentejo ao resto do território e por ela chegou a circular, em meados do século XX, o expresso nocturno entre Lisboa e Sevilha.

O tráfego de passageiros, contudo, foi diminuindo à medida que a região se desertificava, acabando a CP por cortar as ligações directas a Lisboa e reduzir a oferta a duas automotoras diárias entre Badajoz e Entroncamento, que acabaram em Dezembro de 2011.

A linha mantém-se, contudo, aberta para mercadorias, nela circulando entre seis a nove comboios diariamente, o que obriga a Refer (agora designada Infraestruturas de Portugal) a manter a linha operacional e as estações guarnecidas.

in http://www.publico.pt/local/noticia/comboios-de-passageiros-regressam-a-linha-do-leste-mas-so-ao-fimdesemana-1708083

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Passeio Badajoz-Entroncamento (29 Agosto 2015)

Como previsto, realizou-se no dia 29 de Agosto de 2015 um passeio promovido pela AAFSMZ - Associacio de Amigos del Ferrocarril de La Serena Merida e Zafra entre Badajoz e o Entroncamento. O objectivo deste passeio foi o de promover a reabertura da Linha do Leste ao serviço de passageiros.
Para a realização do passeio, a CP disponibilizou uma automotora da série Allan 0350.




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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

CP vai alugar comboios para reforçar frota em 2016 (notícia jornal Económico)

... e na sequência desta notícia:

Após 23 meses consecutivos com subida de passageiros, a transportadora quer aumentar oferta.

A CP está a estudar o aluguer de comboios a outros operadores europeus para reforçar a frota em 2016 e fazer face ao aumento do número de passageiros que se tem verificado nos seus serviços de forma consecutiva nos últimos meses. O ‘leasing' é uma das modalidades possíveis, mas não é única alternativa, assegurou fonte próxima do processo ao Diário Económico.

Além de esbarrar com os conhecidos constrangimentos orçamentais, a encomenda de novo material circulante não resolve a situação de crescimento constante da procura, porque novas locomotivas e comboios demoram, em média, três a quatro anos a ser fornecidos, o que inviabiliza essa opção de solucionar este problema a curto prazo.

Com efeito, os serviços de comboios de longo curso da CP, incluindo os comboios Alfa, os Intercidades e o serviço internacional, registaram mais 5% de passageiros entre Janeiro e Julho deste ano face ao período homólogo do ano passado. De acordo com as informações recolhidas junto da transportadora ferroviária nacional, no período em análise, estes comboios de longo curso transportaram um total de 3,1 milhões de passageiros.

Apesar de mais ligeiro, o crescimento de passageiros da CP nos primeiros sete meses deste ano também se verificou noutros serviços. Nos comboios urbanos de Lisboa, foram transportados mais de 44 milhões de passageiros entre Janeiro e Julho deste ano, o que representou um crescimento de 2,4% face aos primeiros sete meses do ano passado.

Nos comboios urbanos do Porto, o comportamento foi idêntico: foram transportados 11,6 milhões de passageiros entre Janeiro e Julho deste ano, mais 2,5% que no período homólogo do ano transacto.
A CP registou igualmente um crescimento de passageiros no serviço regional, mas aqui de forma quase residual. A empresa pública liderada por Manuel Queiró transportou mais 23 mil passageiros nos comboios regionais no período em apreço, passando de 6,074 milhões de passageiros para 6,097 milhões de passageiros.

No total, a CP transportou cerca de 65 milhões de passageiros entre Janeiro e Julho deste ano, mais 1,5 milhões de passageiros do que no período homólogo de 2014, o que representou uma subida de 2,3%. Com estes dados, a transportadora ferroviária nacional assegura que se encontra no 23º mês consecutivo de aumento do volume de passageiros, um período de alta que se iniciou em Setembro de 2013.

A CP sublinha que só relativamente ao mês de Julho, o volume de passageiros ultrapassou os 9,5 milhões, o que traduziu uma subida de 2,1% em comparação com o mês homólogo do ano passado.
Um destaque especial merece o serviço dos comboios Alfa, que teve em Julho o melhor desempenho de sempre, com mais de 194 mil passageiros transportados, um aumento de 7,2% face ao período homólogo de 2014.

in http://economico.sapo.pt/noticias/cp-vai-alugar-comboios-para-reforcar-frota-em-2016_226798.html

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Alfa Pendular bate recorde de passageiros em Julho (notícia jornal Económico)

fotografia @ facebook


Nos primeiros sete meses do ano, viajaram nos comboios da CP cerca de 65 milhões de passageiros, mais 2,3% do que em igual período do ano passado.

Julho foi, de acordo com a CP - Comboios de Portugal, o melhor mês de sempre para o Alfa Pendular, com o serviço a bater recordes ao transportar mais de 194 mil passageiros num mês, com um crescimento de 7,2% relativamente a igual período do ano passado.

A CP registou em Julho o 23.º mês consecutivo de crescimento, tendo transportado nos primeiros sete meses do ano cerca de 65 milhões de passageiros, mais 2,3%, ou 1,5 milhões de pessoas, que em igual período do ano passado. "Só no mês de Julho, o volume de passageiros ultrapassou os 9,5 milhões, um crescimento de 2,1% face ao mesmo mês de 2014", escreve a empresa em comunicado.

O maior crescimento registou-se nos comboios Urbanos de Lisboa, onde viajaram 6,47 milhões de pessoas, seguindo-se o serviço de Urbanos do Porto, com 1,59 milhões de passageiros. Os serviços Regionais cresceram 4,8%, com mais de 905 mil passageiros.

As receitas de tráfego acompanharam o crescimento do número de passageiros, avançando 4,2% em Julho e 2,7% no acumulado dos primeiros sete meses do ano.

"A elevada procura registada nos meses de verão tem levado a empresa a trabalhar no máximo da sua capacidade, sendo que os reforços da oferta têm apresentado taxas de ocupação muito próximas dos 100%. Face ao aumento consistente e continuado da procura, estão em estudo soluções para reforçar a sua frota já em 2016", lê-se no mesmo documento.

in http://economico.sapo.pt/noticias/alfa-pendular-bate-recorde-de-passageiros-em-julho_226773.html

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Locomotiva 1805 regressa ao Entroncamento



Homologada desde 10 de Julho de 2014 com o apoio da EMEF, a locomotiva 1805 será pintada e colocada apta para circular, no âmbito do contrato recentemente assinado com a empresa inglesa Heritage Traction Rail Services.
Fazendo parte de uma série de dez unidades (série 1801 a 1810), entrou ao serviço em 1968. Construídas pela companhia The English Electric, com motores diesel do mesmo fabricante, vieram modernizar o parque de material trator da CP, satisfazendo as necessidades que então existiam no que dizia respeito ao tráfego tanto de passageiros como de mercadorias.
A locomotiva já se encontra no Museu Nacional Ferroviário, com o apoio da CP Carga.
in https://www.facebook.com/Fundacao.Museu.Nacional.Ferroviario

Nota: a locomotiva diesel 1805 viajou, na passada semana, de Contumil para o Entroncamento a reboque de um comboio de mercadorias. Espera-se que fique apta para o serviço em linha, de forma a efectuar comboios turisticos.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Metro de Lisboa - Sempre em Greve XIII

Lisboa sem metro

É já a sexta greve, este ano, no Metro de Lisboa. Hoje não há composições a circular.

A circulação está suspensa desde as 23:20 e vai ser retomada só amanhã às 6:30.

Os trabalhadores contestam a subconcessão da empresa, decidida pelo Governo.

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, afirmou hoje que a greve dos trabalhadores no Metropolitano de Lisboa confirma a "intolerância" e "incapacidade" do Governo para discutir com os sindicatos e resolver o problema.

"Esta greve confirma, mais uma vez, a intolerância e a incapacidade do Governo para se disponibilizar a discutir com os sindicatos a possibilidade de se resolver o problema", disse à agência Lusa Arménio Carlos.

Os funcionários do metro de Lisboa iniciaram hoje às 00:00 uma greve contra a subconcessão e a reestruturação da empresa.

O Metropolitano de Lisboa vai ter a circulação suspensa até às 06:30 de quarta-feira.

"Estamos a assistir a uma atitude prepotente do Governo, que procura a todo o custo passar esta empresa, que é estratégica para a própria cidade, para as mãos da iniciativa privada, pagando-lhe ainda para tomar conta da gestão", salientou o secretário-geral da central sindical.

A greve de hoje é a sexta greve realizada pelos trabalhadores este ano.

"É uma luta para defender os direitos dos trabalhadores, para defender os serviços públicos, a empresa pública, mas acima de tudo para defender o direito ao transporte social", concluiu Arménio Carlos.
in http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2015-05-26-Lisboa-sem-metro

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... e é uma luta contra os passageiros, únicos prejudicados com esta forma de luta!

sábado, 2 de maio de 2015

Metro de Lisboa - Sempre em Greve XII

Greve dia 19 de Maio no Metro de Lisboa

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa realizam no próximo dia 19 uma greve de 24 horas.
 
A greve de 24 horas foi confirmada à Lusa por José Manuel Oliveira, coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa têm levado a cabo vários tipos de luta, desde a realização de plenários e de marchas até greves, em luta contra a subconcessão da empresa.

De acordo com José Manuel Oliveira, "a greve do dia 19 vai substituir a do dia 12, porque o pré-aviso para a greve do dia 12 estava mal elaborado".

Nota: não deixa de ser caricato que, o sindicato que mais greves convoca, se tenha enganado no pré-aviso ....

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Metro de Lisboa - Sempre em Greve XI

O Metropolitano de Lisboa e a rodoviária Carris vão fazer greves de 24 horas contra a subconcessão das empresas a 12 e a 14 de Maio, respetivamente, revelaram fontes sindicais.
A 12 de Maio o Metropolitano de Lisboa pára 24 horas em protesto contra a subconcessão da empresa prevista pelo Governo, revelou Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans). O Metropolitano agendou ainda outra greve, mas parcial, para a próxima terça-feira, entre as 06:30 e as 10:00.
Paulo Gonçalves, da Comissão de Trabalhadores da Carris, confirmou que foi entregue um pré-aviso de greve de 24 horas para 14 de Maio, último dia para apresentação de propostas pelos interessados em concorrer à subconcessão da empresa. De acordo com o membro da CT da Carris, que já teve acesso ao caderno de encargos, de fora desta subconcessão ficam os eléctricos, os elevadores e os ascensores.
"O caderno de encargos é omisso em relação a esta matéria. Para já, pensamos nós que devem ficar no âmbito da Carris, que não vai desaparecer", disse, salientando o potencial turístico dos eléctricos e ascensores de Lisboa.
O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Silva Monteiro, anunciou no final de Fevereiro que a subconcessão das operações do Metro de Lisboa e da Carris deverá estar concluída até ao final de Julho. A Carris e o Metro têm uma administração comum desde o início do ano, que partilham ainda com a Transtejo/Soflusa, mas esta última ficou fora desta proposta de concessão.
in Económico

Actualização:
Os comboios do Metro de Lisboa poderão ficar paralisados durante a greve de terça-feira. Os serviços mínimos decretados não obrigam a circulação.
O Conselho Económico e Social (CES) decretou esta sexta-feira, 24 de Abril, serviços mínimos de segurança e manutenção para a greve parcial de terça-feira, 28 de Abril, dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa.

A decisão do tribunal arbitral do CES prevê que "serão assegurados os serviços necessários à segurança e manutenção do equipamento e das instalações", sendo que "tais serviços consistirão, concretamente, entre as 06:00 e as 09:30, na afetação, ao Posto de Comando Central, de três trabalhadores (um inspector de movimento, um encarregado de movimento e um encarregado de sala de comando e de energia)".

"Não serão fixados serviços mínimos relativamente à circulação das composições", lê-se na decisão divulgada no 'site' da CES.

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa realizam na terça-feira uma greve parcial, entre as 06:30 e as 10:00.

Entretanto, hoje foi anunciada uma greve de 24 horas, contra a subconcessão da empresa, para 12 de Maio.

in Jornal de Negócios