Carris marca greve para o mesmo dia do Metro
Protesto visa defender que a empresa se mantenha na esfera pública "porque acreditamos que servirá melhor os utentes", sublinha o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA), Sérgio Monte.
Os trabalhadores da Carris vão efetuar uma greve de 24 horas a 10 de abril, no mesmo dia em que está marcada uma greve do Metropolitano de Lisboa, em protesto contra a subconcessão da transportadora, disse fonte sindical.
A paralisação, que se vai realizar entre as 00h00 e as 24h00 de dia 10 de abril, visa "protestar contra a subconcessão" e defender que a empresa se mantenha na esfera pública "porque acreditamos que servirá melhor os utentes", disse à agência Lusa o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA), Sérgio Monte.
Na origem da greve está a publicação em Diário da República, na passada segunda-feira, do concurso público internacional da Carris e do Metropolitano de Lisboa, que estabelece que os candidatos têm até meados de maio para apresentar propostas.
De acordo com o anúncio, o critério de escolha para a adjudicação da subconcessão será o preço mais baixo apresentado pelos candidatos.
De acordo com o anúncio, o critério de escolha para a adjudicação da subconcessão será o preço mais baixo apresentado pelos candidatos.
"Os sindicatos e as comissões de trabalhadores não foram minimamente tidos nem achados neste processo, que foi também feito à margem dos trabalhadores", criticou o sindicalista Sérgio Monte.
Na semana passada, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) anunciou um pré-aviso de greve de 24 horas para sexta-feira, 10 de abril, "em defesa da empresa pública, contra a privatização" do Metro de Lisboa. A realizar-se, esta será a quarta greve no Metropolitano deste ano.
Questionado se a convocação da greve dos trabalhadores da Carris está relacionada com o pré-aviso dos funcionários do Metropolitano, Sérgio Monte explicou que "não houve articulação com o Metro" (a), mas "como o anúncio do concurso [de subconcessão] saiu em simultâneo, achámos que seria mais fácil mobilizar os trabalhadores".
O responsável deu ainda conta de "algum receio e algum pânico" junto dos trabalhadores da Carris, sendo que "já existem movimentações na empresa de diretores a dizerem quem são os trabalhadores que ficam e os que não ficam".
Para além disso, "põe-se a hipótese de despedimento coletivo", afirmou.
Para além disso, "põe-se a hipótese de despedimento coletivo", afirmou.
A Câmara de Lisboa, de maioria socialista, aprovou na passada terça-feira uma moção para mandatar o presidente do município, António Costa, a "intentar todas as ações judiciais ou arbitrais, incluindo procedimentos cautelares, que se revelem necessárias à defesa dos interesses do município de Lisboa em matéria de gestão das redes de transportes públicos urbanos".
Sobre esta questão, Sérgio Monte considerou que "se a Câmara estivesse diretamente envolvida [na gestão dos transportes na cidade] poderia melhorar" questões como a alteração de paragens, que tem de ser feita através de requerimentos ao município.
O sindicalista exemplificou que em Paris é à autarquia que cabe a gestão dos transportes na cidade e é "só copiar" esse modelo.
Relativamente aos serviços mínimos, ainda não estão previstos e terão de ser decretados pelo Tribunal Arbitral já que o sindicato não chegou a acordo com o Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, contou Sérgio Monte.
Questionada pela agência Lusa, a Carris confirmou que recebeu o pré-aviso de greve.
Questionada pela agência Lusa, a Carris confirmou que recebeu o pré-aviso de greve.
in http://expresso.sapo.pt/carris-marca-greve-para-o-mesmo-dia-do-metro=f917762
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(a)
A FECTRANS e o STRUP, enquanto estruturas da CGTP-IN na Carris, têm mantido desde há muito uma atitude sistemática de procura de entendimento entre as várias ORT's na empresa, (através de vários convites para reunião destas estruturas), que permitam a conjugação de posições, para de forma eficaz criar as condições para UNIR TODOS OS TRABALHADORES no processo de defesa dos seus postos de trabalho e do Acordo de Empresa e lutar contra a razão que os mete em causa a privatização/concessão da empresa, cujo concurso foi lançado na passada segunda-feira.
in http://www.fectrans.pt/index.php/sectores/rodoviario-urbano/1021-unir-contra-a-concessao-privatização
Comunicado aos trabalhadores da Carris: http://www.fectrans.pt/images/informacao/comunicados/Carris_01_2015.pdf
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Com o anúncio da abertura do concurso para a subconcessão/privatização da Metro e da Carris, a luta entrou numa nova fase e, nesse sentido, para além do Encontro de Representantes dos Trabalhadores do Metro, Carris, Transtejo e Soflusa, as organizações de trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, na execução do mandato recebido, entregaram um pré-aviso de greve, de 24 horas, para o dia 10 de Abril, numa luta em defesa da empresa pública, contra a privatização.
in http://www.fectrans.pt/index.php/sectores/metropolitanos/1020-nao-ceda-1-metro-greve-dia-10-abril
Nota do autor deste espaço: houve ou não articulalão entre sindicatos do Metro e da Carris? Obviamente que houve .... basta ler com atenção o que está no site da FECTRANS e no comunicado aos trabalhadores da Carris.
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