A grua envolvida nos trabalhos de remoção das composições acidentadas na passada segunda feira na estação de Alfarelos, tombou.
fonte: http://www.asbeiras.pt/2013/01/caiu-a-grua-usada-para-retirar-as-carruagens-que-chocaram-em-alfarelos/
Este incidente vem atrasar ainda mais a reposição da circulação ferroviária na Linha do Norte.
Segundo informação da REFER, neste momento não existe previsão para o restabelecimento da circulação entre Coimbra e Pombal.
Recordo que entre estas duas estações, a CP está a efectuar transbordo rodoviário para os serviços de Longo Curso.
Entretanto o jornal Público, na sua edição on-line avança com as possíveis causas para o acidente:
"O acidente ocorreu pelas 21h15 num momento em que o trânsito ferroviário decorria normalmente na linha do Norte. O regional saíra do Entroncamento às 19h55 e deveria chegar a Coimbra às 21h51. Como é habitual, na estação de Alfarelos este deve entrar para uma linha desviada por forma a ser ultrapassado pelo Intercidades Lisboa-Porto, que é um comboio mais rápido.
Este tinha saído de Santa Apolónia às 19h30 e era esperado em Campanhã às 22h39. A passagem por Alfarelos, onde o Intercidades não efectua paragem, ocorre às 21h17 e se tudo tivesse corrido bem, teria passado pela estação à velocidade regulamentar de 120 quilómetros por hora.
Mas tudo falhou. A começar pelo comboio regional. Este deveria ter parado à entrada da estação, diante do sinal vermelho, para que lhe fizessem a agulha para a via desviada. Mas o maquinista não conseguiu segurar a composição e esta "escorregou" para além do sinal, vindo a imobilizar-se uns metros mais à frente.
Nestas circunstâncias, o regulamento prevê que a composição recue para depois entrar pelo caminho certo na linha que lhe está destinada. Enquanto isso, são accionados automaticamente sinais de restrição para o comboio que vem atrás por forma a que este reduza a velocidade e, se necessário, pare até ficar a via livre. O filme dos acontecimentos mostra que o Intercidades para o Porto não parou ao sinal vermelho e embateu no regional.
Nos momentos de aflição vividos na cabina da locomotiva, o maquinista deu-se conta que não conseguia segurar o comboio porque este não lhe obedecia. Como a velocidade excedia a permitida pela sinalização na linha, o Convel terá actuado de imediato, mas até este sistema automático - que faz imobilizar a composição no mais curto espaço de tempo -, não foi eficaz. Ao maquinista não lhe restou outra alternativa a não ser atirar-se para o chão da cabine, o que lhe terá salvo a vida.
Se se confirmar que a sinalização de via e o Convel estavam a funcionar correctamente e que o próprio sistema de frenagem do Intercidades não tinha problemas, uma das causas do acidente poderá estar na falta de aderência dos carris. Acresce que a aproximação a Alfarelos é feita desde Vila Nova de Anços sempre em descida, por vezes com uma inclinação acentuada."
fonte: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/queda-de-grua-atrasa-remocao-de-comboios-que-colidiram-em-alfarelos-1581761#/0
Entretanto o jornal Público, na sua edição on-line avança com as possíveis causas para o acidente:
"O acidente ocorreu pelas 21h15 num momento em que o trânsito ferroviário decorria normalmente na linha do Norte. O regional saíra do Entroncamento às 19h55 e deveria chegar a Coimbra às 21h51. Como é habitual, na estação de Alfarelos este deve entrar para uma linha desviada por forma a ser ultrapassado pelo Intercidades Lisboa-Porto, que é um comboio mais rápido.
Este tinha saído de Santa Apolónia às 19h30 e era esperado em Campanhã às 22h39. A passagem por Alfarelos, onde o Intercidades não efectua paragem, ocorre às 21h17 e se tudo tivesse corrido bem, teria passado pela estação à velocidade regulamentar de 120 quilómetros por hora.
Mas tudo falhou. A começar pelo comboio regional. Este deveria ter parado à entrada da estação, diante do sinal vermelho, para que lhe fizessem a agulha para a via desviada. Mas o maquinista não conseguiu segurar a composição e esta "escorregou" para além do sinal, vindo a imobilizar-se uns metros mais à frente.
Nestas circunstâncias, o regulamento prevê que a composição recue para depois entrar pelo caminho certo na linha que lhe está destinada. Enquanto isso, são accionados automaticamente sinais de restrição para o comboio que vem atrás por forma a que este reduza a velocidade e, se necessário, pare até ficar a via livre. O filme dos acontecimentos mostra que o Intercidades para o Porto não parou ao sinal vermelho e embateu no regional.
Nos momentos de aflição vividos na cabina da locomotiva, o maquinista deu-se conta que não conseguia segurar o comboio porque este não lhe obedecia. Como a velocidade excedia a permitida pela sinalização na linha, o Convel terá actuado de imediato, mas até este sistema automático - que faz imobilizar a composição no mais curto espaço de tempo -, não foi eficaz. Ao maquinista não lhe restou outra alternativa a não ser atirar-se para o chão da cabine, o que lhe terá salvo a vida.
Se se confirmar que a sinalização de via e o Convel estavam a funcionar correctamente e que o próprio sistema de frenagem do Intercidades não tinha problemas, uma das causas do acidente poderá estar na falta de aderência dos carris. Acresce que a aproximação a Alfarelos é feita desde Vila Nova de Anços sempre em descida, por vezes com uma inclinação acentuada."
fonte: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/queda-de-grua-atrasa-remocao-de-comboios-que-colidiram-em-alfarelos-1581761#/0
Nota 1: este blog não representa qualquer organização, empresa ou tendência ferroviária. É apenas e só um espaço de opinião.
Nota 2: as fotos que ilustram este artigo estão identificadas com o nome do autor e quando aplicável, com a referência onde foram encontradas.
Nota 2: as fotos que ilustram este artigo estão identificadas com o nome do autor e quando aplicável, com a referência onde foram encontradas.
Magnifica a reportagem que acompanha esta bela foto.Os meus sinceros parabéns pelo conteúdo útil de informações aqui reproduzido.Um abraço ao autor.
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