sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Barragem da Foz do Tua - a destruição

As imagens que se seguem são extremamente violentas. Mostram a destruição provocada pela construção da Barragem da Foz do Tua, uma teimosia de um certo governante. A energia produzida por esta barragem representa apenas 1% do total da energia produzida em Portugal.




quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Composição do Metro de Lisboa descarrila na estação do Campo Grande


Notícia RR:

"Metro de Lisboa investiga comboio que não parou em sinais vermelhos

Composição fazia uma manobra de arrumação e não transportava passageiros. Administração lembra que o Metro de Lisboa é dos mais seguros do mundo, tendo registado apenas dez acidentes com descarrilamentos ao longo dos seus 55 anos.

O Metropolitano de Lisboa abriu um inquérito a um acidente que ocorreu na noite de dia 12 no acesso à Estação do Campo Grande. Ao que a Renascença apurou, a composição saía do parque de máquinas e oficinas não conseguiu obedecer a dois sinais vermelhos, no troço à superfície, descarrilou e apenas se imobilizou à entrada da estação.

A empresa confirma o acidente e explica que se tratava de um comboio que fazia uma manobra de arrumação, não transportava passageiros e o incidente ocorreu sob condições meteorológicas muito adversas. Ou seja, terá sido provocado pela chuva.

Ainda assim, o Metro de Lisboa garante que já nomeou uma comissão de inquérito para identificar as causas e tomar medidas para evitar novos casos. Para já, determinou a redução da velocidade naquele troço de 20 para 10 km/hora.

A administração sublinha ainda que o Metro de Lisboa é dos mais seguros do mundo, tendo registado apenas dez acidentes com descarrilamentos ao longo dos seus 55 anos, sem consequências graves e na maior parte dos casos, em comboios sem passageiros.

A Renascença questionou também a ocorrência cada vez mais frequente e quase diária de perturbações e atrasos na circulação, assim como a menor frequência de comboios. Em resposta, a empresa diz que não está relacionado com questões de segurança e atribui as culpas aos sindicatos, pelos sucessivos plenários de trabalhadores que marcam.

Acusações que as organizações sindicais dos trabalhadores, já contactadas, rejeitam. Quanto ao acidente, aguardam o resultado do inquérito interno para se pronunciarem."


domingo, 23 de fevereiro de 2014

Privatização da Carris/ML I

fonte: CEC

O IMTT publicou um documento de consulta sobre a concessão/privatização da Carris e do Metropolitano de Lisboa.
Não sendo um tema pacífico, é de esperar que a CGTP venha para a rua, com as já habituais greves de transportes e que os clientes se vejam, mais uma vez, envolvidos numa luta onde não têm voz activa.
A FERTAGUS, concessionária das ligações ferroviárias entre Lisboa e Setúbal, presta um serviço de excelente qualidade, com uma oferta bem dimensionada, por um preço bastante atractivo. No Porto, o Metro do Porto, gerido por uma empresa privada, mantém niveis muito elevados de satisfação dos clientes, proporcionando regularidade e comodidade nas deslocações diárias.

Em Lisboa, o serviço da Carris está desajustado à realidade, sendo necessários reforços onde existe maior procura e cortes onde a oferta é excedentária. Nos últimos 20 anos, a população residente na cidade diminuiu, fazendo com que o transporte público seja utilizado maioritariamente por trabalhadores, residentes nas periferias.

Eu não defendo a privatização ou a continuação do actual modelo, defendo sim, um transporte público de qualidade, com regularidade, conforto e moderno, mas a um preço comportável para o cliente, quer de forma directa, quando paga o seu título de transporte, quer de forma indirecta, na parcela dos seus impostos que é utilizada para pagar "mordomias de luxo" aos funcionários e administrações destas empresas.


Nota 1: este blog não representa qualquer organização, empresa ou tendência ferroviária. É apenas e só um espaço de opinião.
Nota 2: as fotos que ilustram este artigo estão identificadas com o nome do autor e quando aplicável, com a referência onde foram encontradas.



quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Linha do Douro - descarrilamento junto à estação de Mosteirô (04-02-2014)



 (a imagem ilustra uma automotora da série 0300 a passar na ponte dos Oito Arcos, Covilhã)

Comboio descarrila na Linha do Douro depois de talude ceder

Acidente ocorreu em Baião e não causou feridos. Os cerca de cinquenta passageiros tiveram de caminhar quase um quilómetro até à estação de Mosteirô.

Um comboio com cerca de 50 passageiros descarrilou nesta terça-feira na Linha do Douro, em Baião, devido a um talude ter cedido, sem causar feridos, segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) do Porto.

O acidente ocorreu no sentido Régua-Porto, pelas 18h09, e levou a que os bombeiros locais e a Protecção Civil de Baião fossem mobilizados para o local de modo a conduzir as pessoas pela linha até à estação de Mosteirô, a 900 metros do sucedido.
De acordo com a mesma fonte do CDOS do Porto, os passageiros foram depois transportados para os seus destinos por meios alternativos.
Contactada pelo PÚBLICO, a porta-voz da CP assegurou que não há qualquer dano pessoal decorrente do acidente cujas causas exactas ainda desconhecia por volta das 20h05. A mesma fonte admitiu que o comboio seja recolocado na via nas próximas horas, de modo a normalizar a circulação naquele troço onde foi necessário, no resto do dia, recorrer a transbordos para serviços rodoviários de apoio.
A Refer, também contactada pelo PÚBLICO, confirmou que a normalidade será reposta dentro de poucas horas. Segundo Susana Abrantes, a porta-voz desta empresa responsável pela infra-estrutura, a recolocação da carruagem na linha não deve ser uma operação particularmente difícil, dado que o comboio não chegou a tombar, tendo-se registado apenas a saída do carril de um boggie, um eixo. A Lusa noticiou entretanto que a circulação de comboios deverá ser restabelecida nesta quarta-feira de manhã.
A chuva intensa dos últimos dias terá estado na origem do deslizamento de terras que, ainda segundo a porta-voz da Refer, provocou o descarrilamento. Às 20h, o comboio de socorro da EMEF (Empresa de Manutenção do Equipamento Ferroviário) estava a caminho do local.
No dia 16 de Janeiro, outro deslizamento de terras provocou o descarrilamento de um comboio utilizado pela Refer, também na Linha do Douro mas na zona de Marco de Canaveses, num acidente que então deixou feridos quatro funcionários da empresa.
in Publico


Restabelecida a circulação na Linha do Douro
Um descarrilamento obrigou à suspensão da circulação ferroviária no troço Aregos/Mosteirô. Seguiam 50 pessoas a bordo, mas não houve feridos.


A circulação de comboios na Linha do Douro foi restabelecida esta quarta-feira pelas 5h00, depois de ter estado interrompida no troço entre Aregos e Mosteirô, devido a um descarrilamento.

Fonte da Refer garantiu à agência Lusa que o dia deve decorrer sem "quaisquer anomalias".

A circulação foi interrompida na terça-feira à tarde na sequência de um descarrilamento provocado por um aluimento de terras, que obrigou os passageiros do comboio a serem transportados por meios alternativos.

O acidente ocorreu no sentido Régua-Porto, pelas 18h09, e mobilizou bombeiros e a Protecção Civil de Baião ao local, de modo a conduzir as pessoas pela linha até à estação de Mosteirô, situada a 900 metros.

in RR



sábado, 1 de fevereiro de 2014

A Máquina - 1878-1914

Em 2014 comemora-se o 100º aniversário do desaparecimento do que se pode considerar os primórdios do metro de superfície da cidade do Porto. Ficou popularmente conhecida como "A Maquina".

"A “máquina” na rua de N.ª Sr.ª da Luz na Foz do Douro"

A linha, que ligava a rotunda da Boavista a Matosinhos, foi inaugurada em 1878 era explorada pela Companhia dos Carris de Ferro do Porto.
A máquina, movida pela energia do carvão e água - vapor - rebocava duas ou três carruagens de passageiros.

Partia da rotunda da Boavista, seguindo pela avenida com o mesmo nome até sensivelmente à Fonte do Moura, onde flectia à esquerda, pela actual Rua Correia de Sá. No cruzamento com a rua de Tânger, existia um viaduto, cujos vestígios são hoje ainda visíveis, num dos lados desta artéria.

No seu trajecto em direcção á foz, a Máquina cruzava os Campos da Ervilha. Aqui decorreram algumas das principais batalhas do Cerco do Porto, disputa entre liberais e absolutistas, que durou entre Julho de 1832 e Agosto de 1833.
Dos Campos da Ervilha, a linha seguia em direcção à foz do Douro, cruzando terrenos destinados à futura Av. D. Pedro IV. 

Junto à Foz do Douro a Maquina tinha a sua principal paragem, no Largo de Cadouços, onde existia uma toma de água, destinada a alimentar A Máquina.



"“A Máquina a Vapor da C.C.F.P.” - Colecção Particular /Museu do Carro Eléctrico.
Cf. MARTINS, Fernando Pinheiro, O Carro Eléctrico na Cidade do Porto –Dissertação de Mestrado- FEUP 2007"


Daqui, o seu percurso para Matosinhos seguia pela Rua do Túnel, um dos vestígios mais importantes desta linha ferroviária. 

Este túnel foi construído por baixo do monte da Sra. da Luz, onde outrora existiu um importante farol para a nevegação.

A linha prosseguia pela Rua de Gondarém, passando pelo Castelo do Queijo em direcção à actual Rua Brito Capelo, onde terminava, na margem do Rio Leça.