domingo, 28 de agosto de 2011

Automotoras Diesel série 0400




Já por aqui se falou das unidades a diesel da série 0400. Estas unidades foram construídas pela SOREFAME em 1965, com um motor Rolls Royce e podiam alcançar uma velocidade máxima de 110 km/h.
(estação de Valença, 1974 - foto de Werner Hardmeier)
(estação de Vigo)
A capacidade original era de 145 lugares sentados, possuíam 1 bar/cozinha e 3 WC's (2 no reboque e 1 na motora).
Em 1994, estas unidades foram alteradas no Grupo Oficinal do Porto (GOP). Entre outras alterações, retiraram o bar e um WC do reboque. A capacidade passou a ser de 202 lugares sentados.
(estação da Trofa - foto de Gabriel Fernandes)

As 19 unidades foram modernizadas em 1999, dando origem à série 0450.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

CP - Vandalismo de Material Circulante



O vandalismo de infraestruturas e de material circulante é um fenómeno social, que ninguém quer resolver. Num país de brandos costumes, onde os juízes soltam pedófilos e assassinos, quem é que liga a um bando de energúmenos que se diverte a vandalizar património público? Pois é ... ninguém.
Sendo assim eles lá vão fazendo as suas borradas em tudo o que mexe.
Mas, afinal quem paga a limpeza do meterial vandalizado? Ah pois, são os contribuintes de forma directa nos seus impostos. Mas será que ninguém é apanhado? Será que fica mais barato ao bolso do contribuinte pagar a limpeza do comboio ou a vigilância dos espaços onde a CP parqueia o material?

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Linha do Douro - Acidente na Ferradosa (22 de Janeiro de 2005)


O acidente ocorreu cerca das 13:30 nas imediações da estação da Ferradosa. O comboio fazia a ligação do Porto ao Pocinho. Não houve vítimas a lamentar e o único ferido foi o maquinista.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Linha do Douro - Acidente em Ermida (11 de Dezembro de 2000)

Notícia Agência Lusa: "O descarrilamento de um comboio na linha do Douro, junto a estação de Ermida, Baião, provocou vários feridos e a morte do maquinista que foi arrastado para o fundo do Rio Douro dentro da locomotiva após se ter separado das restantes carruagens. FOTO JOAO ABREU MIRANDA/LUSA PRT BAIAO LUSA © 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A."



A locomotiva envolvida neste acidente foi a 1407, posteriormente desmantelada a poucos metros do local do acidente, mas na margem sul do rio.

(fotos de Higinio Ferreira)
O descarrilamento ficou a dever-se à queda de terra e pedras para a via, consequência da muita chuva que tinha caído nos dias anteriores.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Mercadorias na Linha do Oeste

A Linha do Oeste começa na Bifurcação de Melaças e termina na estação da Figueira da Foz. Ao longo dos 196 km de extensão existem vários ramais e terminais de mercadorias, dos quais se destacam:
- ramal da Valouro Ramalhal
- ramal da Secil Pataias
- ramal da Maceira
- ramal do Louriçal (Celbi e Soporcel)
- ramal do Porto da Figueira da Foz

Muitos outros existiram, mas foram desactivados ou simplesmente desapareceram:
- ramal Sabugo Siemens
- ramal Pedreira Pedra Furada
- ramal particular da CUF Bombarral
- ramal da Ceres Caldas da Rainha
- ramal Soprem Marinha Grande
- ramal Pedreiras Monte Redondo

A norte, a Linha do Oeste tem ligação ao Ramal de Alfarelos e a sul à Linha de Sintra. Entre Louriçal e Figueira da Foz, existe catenária, sendo e sinalização automática, enquanto que entre Louriçal e Meleças a circulação de comboios é regulada por "cantonamento telefónico".
A catenária termina poucos metros a sul da estação do Louriçal, fazendo
desta estação a grande plataforma de distribuição de mercadorias do Oeste.

Até ao final do passado mês de Julho, a linha do Oeste era percorrida diariamente por dois comboios, um em cada sentido, com origem e destino nas estações da Pampilhosa e Terminal de Mercadorias da Bobadela (TBO). O comboio descendente partia da Pampilhosa às 05h06m, efectuando paragens no Louriçal, Leiria, Martingança, Outeiro, Ramalhal e Torres Vedras. O comboio ascendente partia do TBO às 15h12m efectuando paragem n
as mesmas estações.

A 1942 a passar no apeadeiro da Pedra Furada. (foto deGil Lemos http://www.flickr.com/photos/37515352@N02/ )

Nos últimos meses, estes comboios eram normalmente suprimidos no Louriçal ou em Leiria. Como alternativa realizavam-se especiais entre Lisboa Santa Apolónia ou TBO e a estação do Ramalhal.
O especial Bobadela - Ramalhal traccionado pela locomotiva 1905 em Torres Vedras. (foto de Nuno Morão http://www.flickr.com/photos/nmorao/ )

Actualmente a distribuição de mercadorias a sul do Louriçal é assegurada por dois comboios: o 57660 que circula entre Louriçal e Ramalhal e o 57639 que circula entre o Ramalhal e a Pampilhosa.


O 57660 traccionado pela locomotiva 1908 entre São Mamede e o Bombarral. (foto de Ricardo Rodrigues http://www.flickr.com/rrist )
O 57639 traccionado pela locomotiva 1905 nas Caldas da Rainha. (foto de Ricardo Rodrigues http://www.flickr.com/rrist )


O 57660 traccionado pela locomotiva 1973 em Bouro. (foto de Ricardo Rodrigues http://www.flickr.com/rrist )

O 57660 traccionado pela locomotiva 1963 nas Caldas da Rainha. (foto de Ricardo Rodrigues http://www.flickr.com/rrist )

A CP Carga assegura ainda o transporte de cimento entre Pataias e Pampilhosa.
O 57637 (Pataias - Pampilhosa) traccionado pela locomotiva 1904 na estação de Martingança. (foto de Ricardo Rodrigues http://www.flickr.com/rrist )

Além da CP Carga, a Takargo também efectua comboios com origem e destino nas estações da Linha do Oeste. Destaco os comboios Praias Sado - Martingança e Praias Sado - Pataias. A norte, a Takargo assegura o transporte de mercadorias entre a Celbi (Louriçal) e Tuy (Espanha).

O 56682 (Pataias - Praias Sado) traccionado pela locomotiva 6007 em Campo Serra (foto de Ricardo Rodrigues http://www.flickr.com/rrist )

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O serviço de passageiros na Linha do Minho


A Linha do Minho, que vai do Porto a Valença, é servida por vários tipos de serviço:
- urbano (Urb) entre Porto São Bento e Ermesinde, Lousado e Nine
- regional (Reg) entre Nine e Valença
-
interregional (IR) entre Porto Campanhã e Valença
- internacional (IN) entre Porto Campanhã e Valença (seguindo a Tuy e Vigo)

Os comboios regionais são realizados por material eléctrico, adquirido pela CP em 2002, mas os restantes serviços são assegurados por unidades a diesel. Algumas destas unidades foram construídas em 1965 e renovadas em 1999.

O percurso entre o Porto e Valença demora cerca de 2h20m (serviço IN ou IR),
com um custo de 10.75 euros, sendo um pouco mais demorado se a opção for a combinação de serviços urbano e regional. Neste caso a poupança é de 55 cêntimos.
O serviço rodoviário (Rede de Expressos) entre Porto e Valença tem custo e tempo de viagem semelhante ao comboio.
No entanto, para o percurso Viana-Porto o comboio demora mais 30 minutos que o o autocarro, sendo o preço da viagem 7.70 euros em ambos os casos.


domingo, 21 de agosto de 2011

Incidente numa passagem de nível em Espinho

Em qualquer parte do mundo, as passagens de nível são "pontos de conflito" entre automóveis e comboios. Quando o homem não respeita a sinalização ou quando esta falha, há acidentes.
As imagens que mostro a seguir, ilustram um desses conflitos, ocorrido numa passagem de nível (PN), na Linha do Norte.
Desconheço a data do acidente e o autor das fotos, mas quando me foram enviadas por e-mail traziam uma nota onde se podia ler que "A viatura avariou em cima da PN. Não houve vítimas a lamentar, visto que os ocupantes da viatura viram o comboio a aproximar-se e fugiram antes do embate".

sábado, 20 de agosto de 2011

Os ICs de Évora e Beja



Durante décadas, o Barreiro foi o grande terminal de todos os comboios do sul do país. Daqui partiam e chegavam comboios directos ou com ligação para Vila Real de Santo António, Sines, Vila Viçosa, Mora, Reguengos, Moura, Portalegre, Montemor e Aljustrel.
Com a abertura do eixo Norte-Sul via Ponte 25 de Abril e a electrificação da linha do Sul, o Barreiro deixou de ser o grande interface do Sul, passando a ser uma simples estação terminal de comboios regionais e urbanos. O diesel deu lugar à electricidade, e as velhas locomotivas das séries 1500, 1800 e 1930 deixaram de se fazer ouvir em terras algarvias.
Os comboios rápidos passaram a ter como estação de partida e chegada a novissima gare do Oriente, efectuando paragem no Pinhal Novo, para dar ligação ao Barreiro. O Pinhal Novo passou a ser o grande centro ferroviário da "margem sul".
Em 2006, Évora passou a ter 3 comboios rápidos em cada sentido, enquanto que Beja tinha 2 ligações rápidas a Lisboa. Beja ficava assim a 2h15m do Oriente e Évora a 1h59m. Entre as 2 cidades alentejanas circulavam comboios regionais, demorando a viagem cerca de 1h15m.
Em Maio de 2010 o troço Bombel entra en obras e o serviço intercidades é suspenso, mantendo-se o serviço regional entre Évora e Beja. Em Junho este serviço é também suspenso.
Em Julho de 2011, abre finalmente o troço entre Bombel e Casa Branca / Évora, electrificado e preparado para velocidades até 200 km/h.
As locomotivas diesel são substituídas por locomotivas eléctricas e o serviço intercidades é retomado com tempos de viagem bastante inferiores aos anteriores. Lisboa (Oriente) fica apenas a 1h35m de Évora e o Pinhal Novo a 47. O bilhete entre Lisboa e Évora custa 12 euros (2ª classe) ou 16 euros (1ª classe).
No entanto, Beja continua a não ter catenária. Assim, o serviço rápido passa a estar dependente do transbordo em Casa Branca. Nesta estação os passageiros são "despejados" para automotoras a diesel, costruidas em 1965 e modernizadas em 1999. Daqui a 4 anos, este material terá 50 anos de serviço. (foto original em http://www.flickr.com/photos/28335574@N02/2778012520/)
Beja fica assim a 2h25 do Oriente mas passa a ter 4 ligações diárias em cada sentido.
Quando comparamos preços e tempos de percurso com o serviço rodoviário, verificamos que os preços e tempos de percurso são idênticos. No autocarro não há transbordo entre Lisboa e Beja.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Os ICs da Beira Baixa


Terminou no passado dia 30 o calvário dos passageiros do comboio Intercidades com origem/destino nas estações a norte de Castelo Branco. Finalmente é possível viajar entre Lisboa e a Covilhã, sem que seja necessário esperar 20 minutos em Castelo Branco pela troca de material motor.
Mas nem tudo são boas notícias. Segundo o horário da CP, a viagem demora entre 3h37m e 3h45m. No entanto, devido aos afrouxamentos existentes entre Mouriscas e Rodão, os atrasos nunca são inferiores a 15 minutos, sendo frequentemente na ordem dos 30 minutos.
Fazendo as contas, a viagem entre Lisboa e Covilhã demora mais ou menos 4 horas (mais 10/15 minutos que a viagem de autocarro). Mas, se compararmos os preços com a Rede de Expressos, verificamos que um bilhete de autocarro custa 13.80 euros, enquanto que na CP o preço varia entre 18,50 euros e 24.00 euros. Sendo assim, o serviço rápido Intercidades parece condenado ao fracasso.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Os Caminhos de Ferro em Portugal

O objectivo deste blog é o de mostrar o melhor e o menos bom dos caminhos de ferro nacionais. Não sou jornalista nem fotógrafo, mas sim um simples entusiasta que gosta de registar para memória futura aquilo que vê. Sejam bem-vindos.